Nesta edição [#269], a Sagres trouxe para o Debate Super Sábado a discussão sobre como o 5G pode alavancar a tecnologia do Brasil e quais os principais desafios para que ela seja implantada.

A tecnologia 5G é a quinta geração de internet móvel que chegará ao Brasil com maior alcance e velocidade, que promete grande revolução. A nova rede permitirá a interconexão de equipamentos e dispositivos e possibilitando o acesso a produtos inovadores e utilidades domésticas desenvolvendo a chamada Internet das Coisas.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) estima ser possível usar amplamente o 5G no Brasil em 2022. O leilão do 5G foi encerrado nesta sexta-feira (5/11). Na ocasião, foram oferecidos lotes em quatro faixas de frequência: 700 megahertz; 2,3 gigahertz; 3,5 GHz; e 26 GHz.

Para falar sobre o tema, a Sagres contou, neste sábado (6/11), com a presença do professor da Escola de Engenharia Elétrica, Mecânica e de Computação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Flávio Geraldo Coelho e o fundador e CEO de uma consultoria com foco em Gestão de Riscos, LGPD, Continuidade de Negócios, Perícia Forense Digital, Cibersegurança e Governança de Tecnologia da Informação e Inovação, Jeferson D’Addario.

Flávio Geraldo Coelho explicou que o leilão foi apenas o chute inicial e que ainda existem muitas demandas de infraestrutura necessárias para efetivação da rede. “O primeiro desafio que existe, desse ponto de vista, é a rede de acesso, que é interligar os municípios do Brasil todo com fibra, o que não temos, apenas em algumas localidades”, afirmou.

De acordo com Jeferson D’Addario, é difícil que os grandes centros já usem a tecnologia do 5G em 2022. “Depende da estratégia, acho muito pouco tempo. Talvez um piloto, ou algo nesse sentido nas grandes cidades, mas tem várias questões, incluindo a parte de cibersegurança. Então, acho muito precoce pensar isso já para 2022”, argumentou.

Além disso, Flávio Geraldo Coelho destacou que um dos desafios enfrentados pelo Brasil para a implementação da tecnologia é a dimensão territorial do país. “Quando eu falo que precisa de uma infraestrutura de fibra, isso é um ponto crítico, porque o país é muito grande. Além disso, o Brasil compra tecnologia de outro país. Então, existem desafios só nossos”, ressaltou.

Assista ao debate na íntegra dentro do Sagres Sinal Aberto – Edição de Sábado, a partir de 01:04:03

Junior Kamenach é estagiário do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com IPHAC e a Faculdade UniAraguaia, sob supervisão do jornalista Johann Germano.