Acusados de aplicar golpes utilizando talões de cheques, o grupo era composto por um casal – donos de um supermercado, no Bairro São Carlos -, um de seus funcionários, Fábio da Silva, e o dono de uma loja de revenda de peças para motocicleta, Fernando Dias Silva – que seria o mentor   “A gente não tem compaixão com malandro não”. Com essa frase o delegado titular do 22º Distrito Policial de Goiânia, Valdir Soares, anunciou hoje a prisão de uma quadrilha formada por quatro estelionatários, que agia na região noroeste da capital. Acusados de aplicar golpes utilizando talões de cheques, o grupo era composto por um casal – donos de um supermercado, no Bairro São Carlos -, um de seus funcionários, Fábio da Silva, e o dono de uma loja de revenda de peças para motocicleta, Fernando Dias Silva – que seria o mentor.    Ontem, em entrevista, ao vivo, à Rádio 730, o titular da Delegacia do Consumidor (Decon), Valdir Soares, explicou como os estelionatários agiam. Segundo ele, os clientes dos bancos se tornavam vítimas enquanto aguardavam que os talões de cheque chegassem até suas residências. As folhas eram interceptadas pela quadrilha, que os comercializam com empresários.    “Ele vai pegar esses talões de cheque e comprar em vários estabelecimentos. Normalmente, os fornecedores dão prazo de 20 ou 30 dias para compensar os cheques. Até que você perceba o golpe em sua conta vai demorar 30 a 60 dias. Até aí, ele já ‘arrebentou’ a praça e comprou muita mercadoria”, contou o delegado, lembrando que a prática é comum, principalmente, no final de ano.   Chegando aos bandidos Questionado sobre como a Polícia chegou aos estelionatários, o delegado disse que a vítima foi quem tomou a iniciativa. Sem identificá-la, ele afirmou que a vítima foi ao 22º Distrito e denunciou a ação dos bandidos. No local, ela apresentou um extrato bancário, demonstrando que cerca de oito ou nove folhas de cheque tinham sido compensadas em sua conta, com valores de R$ 200 e R$ 800.   “Coloquei meus agentes, eles fizeram a investigação e chegaram até esse o dono de supermercado, que foi interrogado e confessou que a mulher também participava do golpe, ‘fazendo’ as assinaturas nas folhas de cheque”, disse o delegado Valdir Soares.