O departamento de comunicação do Vila Nova produziu ao longo da semana, uma série de matérias em seu site oficial. A intenção foi homenagear os funcionários do clube, pelo dia do trabalhador. A princípio, os escolhidos para falar da identificação com o  clube, foram funcionários com anos de serviços prestados. Porém, a série de entrevistas chamada ‘Operários da Bola’, deixa clara, a intenção de homenagear todos os funcionários.

Atualmente a comunicação do Vila Nova é composta por cinco pessoas. São eles, o diretor Romário Policarpo, o coordenador Douglas Monteiro, os assessores Núbia Alves e Matheus Alves, além de Caio Sperling, responsável pelo conteúdo das redes sociais do clube.

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Josimar Marques – 25 anos

Foto: Núbia Alves / Comunicação Vila Nova F.C.

A série de matérias começou na última segunda-feira(26). Diante disso, o primeiro a participar foi o supervisor das categorias de base, Josimar Marques. São 25 anos trabalhando no clube. Inicialmente, começou como jogador. Depois como treinador e em seguida, assumiu o cargo que ocupa até hoje. De acordo com Josimar, na matéria publicada no site oficial do clube, seu sonho é conseguir uma grande negociação, com um jogador de base. Entretanto, outro desejo é ver o Vila Nova na Série A. Com jogadores da base, compondo o elenco profissional.

“O que mais me motiva, o meu objetivo maior, há muitos anos, o meu sonho é o Vila fazer uma negociação gigante com algum menino da base. Alguém que foi criado aqui e ir para o exterior e dar uma alavancada em termos de estrutura, com uma verba saindo da base. Pensar que foi um trabalho nosso que gerou isso. Outro sonho é que o Vila possa chegar na Série A. Com pelo menos 30% de atletas da base jogando no time principal”, confessou emocionado.

Núbia Melo – 17 anos

Foto: Matheus Alves / Comunicação Vila Nova F.C.

Na última terça-feira(27), foi a vez da nutricionista Núbia Melo, contar um pouco de sua história e identificação com o clube. Com 17 anos no Vila, Núbia revelou na série ‘Operários da Bola’, ser torcedora do Tigrão desde pequena. Ao passo que estagiou no clube, quando ainda cursava Nutrição, só foi contratada tempos depois, através de seleção.

“Meu pai é torcedor fanático do Vila e eu sempre torci. Fui ao estádio com ele e meus irmãos no Serra desde pequena. Dos três irmãos, fui eu mesma que passei a gostar mais de futebol. Mesmo como profissional aqui dentro, ainda sou a companhia do meu pai nos jogos. Quando entrei aqui, foi uma realização dele também”, revelou Núbia.

Conforme explicou em entrevista ao site oficial do Vila Nova, Núbia é responsável pela orientação direta na cozinha do clube. Assim como, cuida da qualidade dos alimentos, suplementação, ganho ou perda de massa corporal, dos atletas. Contudo, isso não se resume apenas ao dia a dia do Onésio Brasileiro Alvarenga. Nas viagens do clube, Núbia Melo sempre envia para os hotéis, o cardápio de cada dia, e a cartilha que os jogadores devem seguir, para jogos fora de casa.

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Odenir Oliveira (Boliviano) – 14 anos

Foto: Matheus Alves / Comunicação Vila Nova F.C.

Na quarta-feira(28), foi a vez do roupeiro Odenir de Oliveira, outra figura bem conhecida internamente no clube. Popularmente conhecido como Boliviano. O apelido pegou, por ter um sotaque carregado no castelhano, apesar de ser brasileiro. Natural do Mato Grosso, Boliviano é um símbolo de perseverança. Sobretudo, pela maratona que enfrenta, para conseguir chegar ao trabalho todos os dias. De acordo com o material produzido pela comunicação do Vila Nova, Boliviano contou como funciona o seu dia a dia.

“Acordo 03h45 todos os dias. Saio de casa 04h15 mais ou menos para pegar o primeiro ônibus. Se não atrasar, chego por volta das 06h10. Se o treinador marca a apresentação para 8h, já tenho que estar aqui bem antes para deixar tudo arrumado. Quando fico o dia inteiro, saio do OBA às 18h e chego perto das 22h em casa”, afirmou sobre a rotina.

Contudo, Boliviano destacou também, que o meia Alan Mineiro paga o Uber,  para que o roupeiro não precise ir ou voltar pra casa, de ônibus. Ainda assim, outros jogadores também contribuem. Às vezes, dando carona em boa parte do caminho, de volta pra casa.

A princípio, Boliviano começou trabalhando para João Carneiro, em sua casa, na função de serviços gerais. Com o passar do tempo, o dirigente colorado o convidou para trabalhar no clube, onde está até hoje.

Antônio Divino Rosa (Givanildo) – 44 anos

Foto: Núbia Alves / Comunicação Vila Nova F.C.

Agora, chegamos ao mais antigo funcionário do Vila Nova. Na quinta-feira(29), Antônio Divino Rosa, responsável pelo departamento de registros de jogadores, contou sua história na série ‘Operários da Bola’. De antemão, o apelido Givanildo é pela semelhança física, com o técnico Givanildo Oliveira. Antes de tudo, Givanildo do Vila Nova, começou em 1977, no departamento de promoções e patrimônio.

Logo depois, Givanildo trabalhou no departamento de registro das categorias de base e só depois, chegou ao departamento atual. Em entrevista ao Sistema Sagres de Comunicação, o personagem da série ‘Operários da Bola’, falou de sua história e o amor pelo clube. Antes disso, Givanildo confessou ser torcedor do Corinthians, mas o logo, Vila Nova tomou esse espaço em seu coração.

“O Vila representa muito pra mim. Como vilanovense desde 1967, quando houve um torneio em Goiânia, Otávio Lage, do qual o Vila foi campeão. Naquela época, torcia apenas para o Corinthians. Eu era muito criança na época e passei a conhecer e torcer pelo Vila Nova. Antes de começar a trabalhar no clube, já passou a representar muito pra mim. Então, em 1977 quando fui trabalhar no clube, eu estava realizando um sonho. O tempo foi passando e o Vila foi se tornando mais importante na minha vida. Adquiri família, todos vilanovenses e o Vila é minha segunda casa, e às vezes, até a primeira. Afinal, a gente passa mais tempo no clube que em casa. Então, tudo que tenho, eu adquiri trabalhando no Vila”, destacou Givanildo.

Almir Carlos – 43 anos

Foto: Douglas Monteiro / Comunicação Vila Nova F.C.

Outra personalidade bem conhecida é o massagista Almir Carlos. A princípio, Almir começou sua vida no Vila Nova, ainda adolescente, aos 16 anos, com a função de auxiliar de serviços gerais. Contudo, com o passar do tempo, Almir passou a ser auxiliar do então massagista do clube, Lázaro Maia. Em seguida, Almir se especializou na função de massagista. Com o passar do tempo, assumiu o cargo que exerce até hoje.

Além de competente no que faz, Almir também é marcado pela irreverência. Entretanto, em meio a tanta descontração nos momentos propícios, Almir trata com seriedade seu papel no clube. De acordo com o massagista, na matéria ‘Operários da Bola’ da última sexta-feira(30), o Vila Nova é mais que sua profissão. “O Vila é a minha vida. Comecei adolescente. Tive várias oportunidades para sair e nunca aceitei. Então o Vila Nova é a minha vida inteira”, afirma Almir Carlos.

Por último, algumas curiosidades que Almir Carlos destacou em sua entrevista para o departamento de comunicação do Vila Nova. Seus filhos já vestiram a camisa colorada. Almir Jr. e Batata. Além disso, Almir é padrinho de casamento do ex-atacante Roni. Bem como, tem ligação próxima com o ex-atacante Wando e Tim, atualmente comentarista do Sistema Sagres de Comunicação.

Idelson Rocha – 33 anos

Foto: Douglas Monteiro / Comunicação Vila Nova F.C.

Fechando a série ‘Operários da Bola’, o último personagem é ninguém menos que Idelson Rocha, o Delson. Antes de ser registrado como funcionário efetivo do clube, Delson lavava os carros dos jogadores. Querido pelos funcionários, jogadores, diretores e comissão técnica, sejam atuais ou que passaram pelo clube. Acima de tudo, uma marca registrada de Delson no clube, é o “vale”. Sempre que pode, Delson pede o famoso ‘vale’ para conhecidos, dois reais, já o deixa contente.

Humilde, sorridente e prestativo, algumas marcas de Delson, que em 2009, conheceu o volante Cocito. Contratado pelo Vila Nova, Cocito cuidou de Delson. Segundo o funcionário, até hoje, o ex-volante manda dinheiro pra ele, mensalmente. Bem como Cocito, outro jogador que Delson gosta muito, é o atacante Pedro Júnior, conforme declarou na série ‘Operários da Bola’.

“O cara que mais gostava de mim no Vila era o Cocito. Depois dele é o Pedro Junior. Eles são muito bons para mim. Eu que lavava os quartos deles, quando eles moravam aqui, cuidava deles, me ajudam muito. Conheço o Pedro desde a escolinha, ele me faz um vale toda vez. O Cocito todo mês manda dinheiro para mim”, destacou.

Alegria

Além de todo o carinho, ainda em 2009, Cocito pagou todo o tratamento dentário de Delson. Sem filhos ou esposa, Delson mora com as irmãs, desde a morte de seus pais. De acordo com ele, o Vila Nova o faz esquecer a tristeza de suas perdas.

“O Vila representa tudo para mim. O que mais gosto aqui são as pessoas. Acostumei. Eu morava junto com meus pais, era muito próximo a eles. Eles morreram e, para não ficar lembrando toda vez e nem ficar triste com isso, eu venho para o Vila. Aqui, eu esqueço dessa parte, esqueço de tudo isso, foco no serviço”, finalizou Delson.