O Atlético Goianiense foi o melhor clube goiano na Copa São Paulo de Futebol Júnior, o time rubro-negro encerrou sua participação na terceira fase ao ser derrotado pelo Palmeiras, favorito ao título, pelo placar de 3 a 0. Com o desempenho, a equipe comandada pelo técnico Rogério Corrêa igualou a melhor campanha do clube na competição na temporada de 2020.
Foram cinco partidas, com três vitórias, um empate e apenas um derrota, justamente na eliminação. Os resultados foram celebrados pela diretoria, que viu alguns jovens atletas se destacando com a camisa rubro-negra. Até por isso, promoveu 12 atletas para integrar o time profissional, sendo 9 que disputaram o torneio no interior de São Paulo.
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Um deles é o goleiro Léo, de 19 anos, um dos capitães do time sub-20. O jogador disputou sua primeira Copinha e foi um dos nomes mais exaltados do Dragão. Ele comentou a desconfiança que pairou sobre o elenco após terminar o Brasileiro sub-20 na lanterna e ter sido eliminado nas quartas-de-final do estadual da categoria.
“Chegamos na Copa São Paulo para tentar fazer a melhor campanha do Atlético-GO na história, nós conseguimos igualar a campanha de 2020 mas com uma pontuação melhor. Chegamos desacreditados, não pela gente aqui no clube, mas pelos resultados do Campeonato Brasileiro sub-20 e do Campeonato Goiano também e muita gente colocou que seríamos eliminados na primeira fase, e não foi o que aconteceu”, lembrou o camisa 1 em entrevista à Sagres.
Entre boas atuações ao longo da competição, Léo se destacou principalmente na derrota para o Palmeiras. Apesar do placar, ele fez grandes defesas que evitaram uma derrota ainda maior na despedida do clube goiano. O desempenho e o contexto da partida fazem da atuação a melhor vestindo a camisa do Dragão até o momento.
“Em termos de mídia sim, foi uma partida transmitida pelo Sportv. Já fiz outros bons jogos pelo Atlético-GO, mas no geral eu acredito que sim, esse foi o melhor (jogo)”, destacou.
Nascido em Goiânia, o jovem goleiro iniciou a carreira em uma escolinha do Flamengo na capital. Após passar em um ‘peneira’, recebeu a oportunidade de ficar um ano e meio no Rio de Janeiro. De volta à cidade Natal, teve uma rápida passagem pelo rival Goiás e aos 15 anos foi contratado pelo Atlético-GO.
Destaque desde o início de sua trajetória no CT do Dragão, Léo treina com o time principal há mais de um ano, conciliando as atividades da base com o elenco profissional.
“A experiência foi muito boa, desde os meus 15 anos quando cheguei aqui, eu vim ganhando muita experiência. Acho que é muito importante, principalmente na posição de goleiro. Acho que tudo o que fiz até hoje foi fruto desse trabalho”, celebrou.
Ele explicou a importância do trabalho desenvolvido com Marcos Medeiros e Cláudio Nonô, treinadores de goleiros do Atlético-GO, para sua evolução na carreira.
“Ele (Medeiros) passa muito do que é vivido dentro de campo, o trabalho dele é muito voltado para as situações de jogo. Desde que estou aqui os goleiros do profissional se destacaram, atletas que eu me espelhava e que eu olhava e dizia ‘um dia quero estar nesse nível'”, explicou Léo, que também foi ‘lapidado’ por Markão, treinador de goleiros da base.
Inspirações
O período no time de cima fez o atleta ter contato com goleiros mais experientes, que contribuíram para o seu desenvolvimento ao longo dos anos. A oportunidade de ter contato com outros jogadores de sua posição, criou laços de parceria e aprendizado também.
“O Maurício Kozlinski foi com quem tive mais tempo aqui, criei uma amizade, meu pai é amigo dele. Foi um cara que me ajudou bastante aqui no Atlético-GO”, contou.
Além dos exemplos mais próximos, Léo também se inspira em nomes bastante conhecidos do futebol mundial. “Não gosto de escolher um só porque cada um tem uma característica diferente e dentro do jogo estamos propícios a várias situações. Gosto de ver os goleiros da Europa, o Neuer do Bayern de Munique e o Mendy, do Chelsea são goleiros que me inspiro bastante”.
Futuro
Entre grandes objetivo que quer alcançar na sua carreira, o primeiro está relacionado a uma paixão de criança. Influenciado pelos pais Rodrigo e Patrícia, o goleiro torce para o Dragão e hoje tem a oportunidade de vestir a camisa do time do coração.
“Espero ter muitos anos aqui no Atlético-GO, sou atleticano desde criança, moro em Campinas. Então desde pequeno tenho sonho de ser ídolo aqui no clube”, confidenciou Léo.
O contrato com o clube rubro-negro está perto do fim, acaba no meio desse ano, mas a diretoria já iniciou as conversas para uma renovação e um vínculo mais longo deve ser oficializado em breve. O bom desempenho na Copinha foi fundamental para a continuidade do goleiro, principalmente recebendo oportunidades no time profissional.
“O Léo é um menino promissor. Tínhamos algumas dúvidas, mas a base é para isso mesmo, para o jogador buscar seu espaço no clube. Essa Copa São Paulo foi muito importante para ele, foi o atleta que mais se destacou no Atlético-GO e agora ele conquista um espaço para treinar no profissional e ser o quarto goleiro do time e o trabalho do dia a dia é que vai dizer o que ele pode melhorar em termos de espaço dentro do clube”, afirmou o presidente Adson Batista em entrevista à Sagres, que teceu mais elogios à Léo.
“É um ótimo profissional, ótima pessoa, tem raízes dentro do clube e tem uma ótima postura. Tecnicamente eu vejo ele com muitas possibilidades de conquistar muito espaço dentro do Atlético-GO”, concluiu o dirigente rubro-negro.
Além de Léo, o técnico Marcel Cabo tem como opções para o setor os goleiros Luan Polli, Renan, Ronaldo e Leonardo.
