Repense do último domingo (21) teve o objetivo de mostrar como a educação profissional pode abrir novas possibilidades de carreiras para jovens. Possuem menor tempo e maior acessibilidade para alunos de todas idades e classes sociais. Nesse sentido, são ótimas alternativas para quem não possui condições de realizar um curso superior. Contudo, podem servir ainda para uma maior capacitação e como forma de facilitar a entrada no mercado de trabalho.

Assista ao Arena Repense na íntegra:

Para debater o assunto, o Arena Repense desta segunda-feira (22) recebeu a pró-reitora de ensino do Instituto Federal de Goiás (IFG), Maria Valeska Lopes, e o gerente de Educação Profissional da Secretaria Estadual de Educação (Seduc), Andrei Pires de Alcântara. Além disso, a instrutora de aprendizagem da Renapsi polo São Paulo, Ana Lívia Catucci Pereira, também participou da live.

De acordo com Maria Valeska Lopes, há uma pressão considerável na vida do jovem quando chega o momento de decidir qual curso fazer ou carreira. Sendo assim, ela compara que a pessoa se vê em uma “encruzilhada” com mais de um caminho para escolher qual seguir.

“Nesse sentido, é importante a gente recuperar um pouquinho o olhar que a sociedade brasileira tem sobre a educação profissional. Historicamente, ela e os cursos técnicos foram vistos no senso comum que seria algo menor, menos profundo do que uma graduação. Cabe a nós, que trabalhamos com educação profissional, desmitificar e contar essa história. Um curso de formação técnica deve carregar tanta qualificação e qualidade teórica quanto qualquer outro percurso formativo”, defendeu.

(Convidados debateram sobre as alternativas profissionais entre um curso técnico e uma graduação a nível superior | Foto: Reprodução/Sagres TV)

Mercado de trabalho

Andrei Pires de Alcântara argumenta que atualmente o próprio mercado de trabalho tem aberto as portas para esse jovem da educação profissional. Na visão dele, é necessário ouvir esse estudante para saber suas preferências.

“É importante saber o que esse estudante deseja. A partir do 9º ano, é trabalhar o estudante para que ele chegue na 1ª série com uma direção. Nosso estudante chega hoje no ensino médio um pouco imaturo e temos contribuído para essa decisão. Quanto ao mercado de trabalho, o curso técnico vem possibilitando o egresso desse estudante. O curso técnico é tão importante quanto o ensino regular”, opinou.

Sobre o ensino superior, Ana Lívia Catucci Pereira ressaltou que nos dias atuais o ensino superior está superestimado. Sendo assim, ela ressalta a dificuldade hoje de uma pessoa graduada profissionalmente.

“A gente sabe que quem é graduado não tem a garantia efetiva de ser inserido no mercado de trabalho. Antigamente, a gente tinha essa concepção”, pontuou.

*Esse conteúdo está alinhado com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 04 e 08 – Educação de Qualidade e Trabalho Decente e Crescimento Econômico

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