Em menos de um dia, 4 pessoas morreram na capital e região metropolitana em trocas de tiros com a Polícia Militar (PM). Recentemente, três homens morreram em conflitos com agentes do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (Giro), no Parque Los Angeles, em Goianira.

Em entrevista à rádio 730, o assessor de comunicação da PM, Tenente Coronel Ricardo Mendes, ressalta as passagens criminais anteriores dos detentos. “Um deles é menor e tinha oito passagens pela Polícia Militar, então não é que tenha 10, 20, ou 18 passagens que a polícia vai se intimidar. Nós estamos motivados a servir a população de bem.”

No entanto, Ricardo Mendes nega que haja uma orientação da polícia goiana direcionada ao extermínio de criminosos. Segundo o Tenente Coronel, as ocorrências envolvendo  os suspeitos mortos são legítimas. “A pena capital não existe em nosso país e ela não é executada em momento algum pela PM de Goiás. Em momento nenhum a Polícia Militar prega que a solução para a criminalidade seja a morte de bandidos.”

Ao considerar os problemas encontrados nas prisões brasileiras, como superlotação e ausência de uma política de reeducação social, Ricardo Mendes aponta a impunidade como um fator que fortalece o aumento da violência. “A polícia prende e logo depois a pessoa é solta, e ela é solta porque a nossa legislação é falha. Não tenho dúvidas de que a mola propulsora da criminalidade é a impunidade.”

*Com as informações da repórter Bruna Moreira