40 milhões de reais de prejuízos em 2013. Este é o prejuízo estimado pelas empresas de transporte coletivo da grande Goiânia. No ano passado foram 15 milhões de reais de prejuízos. O Setransp apresentou uma nota técnica em que foi colocada a crise de sustentabilidade do transporte coletivo da grande Goiânia.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Décio Caetano, um dos graves problemas é a gratuidade que impacta no valor total da tarifa. Cerca de 20% das pessoas que andam de ônibus tem a gratuidade, o que segundo as empresas resulta num custo anual de 12 milhões de reais.

Décio Caetano descreve que as empresas querem ajuda do poder público para sustentar a manutenção da operação. A ideia é que se termine com o chamado subsídio cruzado, em que o cidadão que paga a tarifa cheia é responsável pelo custo das gratuidades, como explica o presidente. “Nós queremos discutir a qualidade do transporte e mecanismo de viabilizar a sustentabilidade do transporte de qualidade, que atende que já utiliza o transporte hoje, assim como quem usa os carros. O que a gente tem apresentado como solução é o fim do subsídio cruzado, no qual, todos os usuários pagam por que não paga a passagem. Isto precisa ser rediscutido,” afirma.

O Setransp alega que a receita arrecadada remeteria uma tarifa de um real e noventa e dois centavos e não de dois e setenta. A diferença é o prejuízo que as empresas alegam que estão tendo.

Décio Caetano descreve que o cidadão não pode mais sofrer com aumentos de tarifa, que é preciso intervenção do poder público. “Em nenhum momento nós estamos defendendo reajuste da tarifa. As movimentações das ruas deixaram claro que a população quer um transporte de qualidade e barato. Nós precisamos de criatividade para encontrar a melhor fórmula de sustentabilidade,” diz.