Sagres em OFF
Rubens Salomão

Equatorial assume fornecimento de energia em Goiás a partir do dia 03/01

Na próxima terça-feira (03), às 15 horas, está prevista a troca do controle das operações na área de distribuição de energia elétrica no estado, da Enel Distribuição Goiás para a Equatorial Participação, Investimentos S/A. A informação foi confirmada pela coluna Sagres em Off nesta quarta-feira (28).

No dia 6 deste mês, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) havia aprovado o plano de transferência entre as duas empresas.A coluna buscou respostas mais detalhadas, mas ainda não obteve resposta.

A Enel estava prestes a perder a concessão por não cumprir critério de eficiência referente ao DECi (duração equivalente das interrupções de energia). A concessionária teria descumprido ainda critérios de eficiência com relação à gestão econômico-financeira.

A Equatorial Energia fechou com a Enel em 23 de setembro a compra da Celg Distribuição, rebatizada de Enel Distribuição Goiás por R$ 1,57 bilhão. O contrato de compra e venda prevê a reestruturação dos empréstimos existentes entre a Celg-D, a Enel e outros agentes no valor de R$ 5,71 bilhões. Os valores serão pagos em até 12 meses após o fechamento da operação.

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Subestação em Mineiros. Foto: Enel Distribuição Goiás.

Flexibilizações

Nos três primeiros anos de operação da Equatorial em Goiás, a Aneel afastará pelo período de três anos, o risco de caducidade em caso de descumprimento dos critérios de eficiência com relação à continuidade e à gestão econômico-financeira.

Transição

A Equatorial já havia informado que as flexibilizações são necessárias para garantir um período de transição, para que se tenha prazo para que os investimentos sejam convertidos em resultados, além de aprofundar o diagnóstico da situação operacional de distribuição de energia elétrica, em Goiás.

Sede da Enel em Goiânia. Foto: Arquivo Sagres.

De Saída

A Enel possui cerca de 3,3 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios e está no mercado goiano desde 2016, quando a empresa italiana arrematou a Celg-D em lance único de R$ 2,1 bilhões, com ágio de 28%. A Eletrobras e o Governo de Goiás eram os principais acionistas da distribuidora, que era administrada pela estatal federal.

Presidência

O líder do governo na Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (União Brasil) tem apoio de 38 deputados eleitos para que seja o novo presidente da Casa no primeiro biênio da próxima legislatura. Nesta quarta-feira (28), Renato de Castro (União Brasil) se retirou da disputa a manifestou apoio a Peixoto.

Bruno Peixoto é favorito na disputa para presidência da Alego. (Foto: Marcos Kennedy/Assembleia Legislativa)

Negociação

Nos bastidores há tratativas para garantir espaços “relevantes” ao vice-governador e deputado estadual eleito Lincoln Tejota (União Brasil). Aliados do governo têm trabalhado no sentido de convencer Tejota a se retirar da disputa para não sair enfraquecido e além disso, para auxiliar na governabilidade de Ronaldo Caiado, em seu segundo mandato.

CEI da Comurg

O vereador Ronilson Reis (Sem Partido) pretende propor a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar supostas irregularidades na administração e dívidas da Companhia Municipal de Urbanização (COMURG) com o Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS), Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e fornecedores.

Assinaturas

A assessoria de imprensa de Ronilson Reis informou que o parlamentar já tem as 12 assinaturas necessárias para instauração da CEI. Segundo o vereador, há outros três colegas que também são favoráveis a abertura da CEI da Comurg. Reis pretende apresentar a proposta para instalação da comissão na sessão desta quinta-feira (29).

Lixo acumulado em área de Goiânia. Foto: Samuel Straioto.

Resistência

A coluna informou na edição desta quarta-feira que a Comurg tem deficit mensal de R$ 6 milhões. Como destacado pela Sagres, o aporte de R$ 30,7 milhões sofreu resistência na Câmara Municipal. O presidente da Casa, Romário Policarpo (Patriota) fez duras críticas sobre o tema e ressaltou que faltou responsabilidade com a companhia nos últimos dois anos.

Foto: Presidente da Câmara, Romário Policarpo, no plenário da Casa. (Crédito: Gustavo Moraes Mendes/Divulgação)

Alternativa

Para evitar interrupção na coleta de lixo e outras atividades da companhia, a alternativa é a revisão de valores dos serviços oferecidos no contrato firmado junto à Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), pois estariam defasados.

Renovado

O valor global do contrato junto a Seinfra é de R$ 483,3 milhões, e foi renovado em dezembro, por mais 12 meses.

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