A procrastinação, muitas vezes retratada como uma simples falha de caráter ou uma questão de preguiça, é na verdade um fenômeno complexo e multifacetado que afeta muitos aspectos da vida humana. Em sua essência, procrastinação refere-se ao ato de adiar tarefas importantes ou prioridades em favor de atividades mais agradáveis e menos urgentes. É uma armadilha na qual muitos caem, mesmo sabendo dos potenciais prejuízos que ela pode acarretar.
Para falar mais sobre o assunto, o Sistema Sagres de Comunicação recebeu no Tom Maior a psicóloga Ariana Fidelis, que deu dicas de como vencer a procrastinação de tarefas. O ato pode surgir por uma variedade de motivos. Às vezes, é resultado de uma sensação de sobrecarga, quando as demandas parecem esmagadoras e a mente busca escapar para atividades mais reconfortantes.
“A gente só vence a procrastinação quando a gente começa a se questionar e também os nossos comportamentos. Geralmente, um indivíduo que procrastina tem certa ansiedade. Então, por que ele procrastina? Pelo medo, muitas vezes, de algo que ele planejou não dar certo. As pessoas procrastinam porque economizam energia e também eliminam o pavor de não dar certo”, explica.
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Outras vezes, é alimentada pelo medo do fracasso ou pela ansiedade em enfrentar desafios desconhecidos. Independentemente das razões subjacentes, a procrastinação tem o poder de sabotar metas, comprometer relacionamentos e minar a autoconfiança.
“No momento da procrastinação, o indivíduo começa a ter perdas significativas no ambiente de trabalho, na família. Agora, a pausa é necessária para quando você está em um período de fluxo de atividades. A diferença é que quando você percebe que está acumulando várias coisas e não tem resolvido, é procrastinação, ruim. O ponto chave é analisar se está tendo prejuízo por ter adiar uma conversa difícil, por exemplo”, pontuou.
Ciclo vicioso
Um dos principais problemas da procrastinação é o seu ciclo vicioso. Quanto mais adiamos uma tarefa, mais ela cresce em nossas mentes, tornando-se ainda mais assustadora. Esse ciclo cria um padrão autoperpetuante que pode ser difícil de quebrar. Além disso, a procrastinação pode gerar sentimentos de culpa e frustração, aumentando ainda mais o estresse e a pressão sobre nós mesmos.
“Geralmente, todos esses processos, quanto a ansiedade, como a procrastinação, acontecem ao longo do desenvolvimento. Então, se uma pessoa venha de uma família em um contexto em que as pessoas tendem a adiar as coisas, então você vai aprendendo com o meio. Outro fator é que você acaba tendo prejuízos com as procrastinação, mas nem sempre é assim. No início, ela pode te trazer benefícios, mas depois se torna uma bola de neve”, ressaltou.
Embora a procrastinação possa parecer inofensiva a curto prazo, seus efeitos a longo prazo podem ser devastadores. As oportunidades perdidas, os projetos inacabados e as metas não alcançadas são apenas algumas das consequências que podem surgir. Além disso, a procrastinação pode ter um impacto significativo na saúde mental, contribuindo para o aumento da ansiedade, depressão e estresse crônico.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar
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