Margaret Awuor Owuor e Angelo Bernardino são exploradores da National Geographic. Eles estiveram na Amazônia brasileira para estudar os manguezais e notaram que eles são serviços ecossistêmicos importantes para a subsistência das comunidades costeiras da floresta fornecendo alimentos, atividades culturais, renda, educação e auxiliando na regulação climática e no controle de inundação.

O Brasil tem 700.000 hectares na área que abriga manguezais dentro da Amazônia. Mas os exploradores visitaram 13 comunidades da costa amazônica do Pará. A visita resultou no estudo “Fluxo de serviços ecossistêmicos de manguezais para comunidades costeiras na Amazônia brasileira”, que está publicado na Frontiers in Environmental Science.

A principal resposta dos exploradores no estudo é que a conservação dos manguezais deve considerar como as comunidades locais sobrevivem com os serviços ecossistêmicos que eles oferecem. Os exploradores apontam uma relação cultural, econômica e de fonte de alimentos direta com as mais de 100 famílias que eles entrevistaram.

Time de exploradores da National Geographic (Foto: Jorge Alvarenga/National Geographic)

“Está bem documentado que os manguezais e as zonas úmidas costeiras são sumidouros de carbono significativos. No entanto, os manguezais também proporcionam benefícios diretos e indiretos às comunidades locais, tais como a pesca e a regulação climática, que não são fáceis de quantificar, ainda mais em regiões do mundo com escassez de dados”, disse Margaret Awuor Owuor.

Valorização dos manguezais

A pesquisa de Awuor Owuor e Bernardino é parte da Expedição Perpetual Planet à Amazônia, uma parceria entre a Rolex e a National Geographic. Então, o estudo aborda a necessidade de monitoramento das atividades econômicas na Amazônia brasileira. Ações que ameacem o habitat natural dos manguezais podem colocar em risco o modo de vida das comunidades que vivem ali. 

“Quando olhamos para o fluxo de benefícios ecossistêmicos, o seu valor para as comunidades costeiras locais é evidente. Contudo, estas comunidades estão entre as mais marginalizadas do país, e os benefícios sociais, econômicos e culturais dos manguezais muitas vezes não são compreendidos ou valorizados fora de suas comunidades”, sustentou Margaret.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

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