Os prefeitos de Goiânia e Região Metropolitana passaram o sábado discutindo as medidas a serem tomadas para conter o contágio da Covid-19 e optaram por manter o fechamento das atividades não essenciais por mais sete dias. Após uma manhã de divergências, os gestores voltaram a se reunir às 18h de hoje (6), juntamente com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o Ministério Público de Goiás (MPGO).

Um novo decreto será publicado neste domingo (7), com algumas alterações como: distribuidoras só poderão funcionar pelo sistema delivery e o acesso a supermercados será restrito a somente um membro do núcleo familiar por vez. Em nota, a prefeitura de Goiânia informou que “a fiscalização do transporte coletivo, bem como do funcionamento do comércio, será ampliada”.

A prefeitura ainda pediu que a população obedeça as determinações do decreto, pois nos últimos dias foi notado um aumento substancial no número de casos da Covid-19 e ressaltou que taxa de ocupação das UTIs na cidade chegou a 99% nesta tarde (6), apesar da expansão de leitos. “O alastramento da doença se dá acima da capacidade de expansão do sistema de saúde”, diz a nota.

Leia mais: Mapa da Saúde de Goiás aponta 16 regiões em situação de calamidade

O ciclo de 14 dias teve início em 1º de março e por isso, perdura até o dia 14. Após o período, as prefeituras decidirão quais medidas permanecerão. Aparecida de Goiânia divulgou em nota que “deve voltar ao modelo de isolamento social intermitente por escalonamento regional”.

O governador Ronaldo Caiado destacou durante a reunião que a criação de leitos de UTI está cada vez mais difícil pela falta de profissionais no mercado. “Temos condições de equipamentos, mas faltam profissionais, os que estão em campo estão estafados. É preciso responsabilidade na hora de dizer que é só criar leito. Abrimos o maior número proporcional do País, com hospitais de concreto, não de lonas. Mas estamos no limite em relação ao número de profissionais”, disse.

Durante o encontro, uma das questões mais abordadas foi a paralisação do transporte público na Grande Goiânia, sugerida pelo presidente da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado de Goiás (Fecomércio), Marcelo Baiocchi. Apesar da sinalização positiva de alguns prefeitos, o MPGO considerou a proposta ilegal e o serviço será mantido.

Fechamento de atividades não essenciais na Grande Goiânia

O fechamento total do comércio não essencial foi decidido no último sábado (27/2), também após reunião entre os prefeitos da Região Metropolitana e do governador do Estado. Na ocasião, foram observadas a taxa de ocupação dos leitos de UTI de Goiás, que à época estava em 96%. Hoje, 97,2% dos leitos dedicados ao tratamento da Covid-19 estão ocupados.

As alterações entre o primeiro decreto e o segundo devem ser poucas. O comércio da região da 44 permanece fechado e as celebrações religiosas proibidas. As escolas particulares da capital podem operar com 30% da capacidade máxima.

Confira o primeiro decreto: