O 12º episódio da série de entrevistas Forma do Bem aborda a transcendência do conhecimento prévio no processo de ensino-aprendizagem.

Para a diretora do Centro de Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Cláudia Costin, um bom processo de ensino-aprendizagem deve ter início nas primeiras experiências escolares, ir além, antes mesmo da alfabetização. Assista a seguir

“Dizem que a educação infantil tem um efeito de nivelar inclusive as diferenças de origem socioeconômica no desempenho escolar no futuro. Por isso é importante que se tenha livros infantis nas creches e pré-escolas, que haja muita leitura para que elas entendam o que é o mundo letrado mesmo antes dela ser alfabetizada”, avalia.

Cláudia Costin explica que o processo de ensino-aprendizagem também precisa estar de acordo com as vivências do aluno, e jamais desconectado da realidade em que ele se encontra.

“A educação deve se conectar com a vida daquele aluno. Se é um aluno que voltou há pouco tempo depois de um fechamento prolongado das escolas para a sala de aula, é importante conversar com eles sobre o que ele viveu e ao ensinar, por exemplo, em aulas de ciências sobre vírus, conectar com isso que foi vivenciado”, esclarece.

Para a diretora da FGV, a presença do professor na vida do aluno deve ir além da formalidade em sala de aula. “Há muitas pesquisas que mostram que uma criança aprende melhor quando se sente amada. Infelizmente o professor tendo que dar aula em vários lugares às vezes não foca não só em transmitir o conhecimento, mas evidenciar para cada aluno que aposta nele, que ele pode ter sucesso, ter uma relação não só humana com a criança, mas de afeto mesmo”, argumenta.

Confira os episódios anteriores

Forma do Bem #11 | Como o esporte explica o mundo e a vida

Forma do Bem #10 | Religião e Direito: o Estado laico e a liberdade religiosa

Forma do Bem #09 | Entenda como o consumo de carne afeta a sustentabilidade ambiental