A derrota do Goiás para o Internacional por 4×2 não foi nenhuma surpresa pra mim e imagino que tenha não sido para nenhum analista capacitado.

Jogo fora de casa, contra um time que ainda persegue o título de campeão (embora ache que não conseguirá) e o Goiás no meio da tabela… só os mais fanáticos poderiam deixar de considerar o grande favoritismo do time gaúcho. Nem mesmo a sequência de seis resultados sem vitória é surpresa.

A última vitória do Goiás foi no dia 5 de setembro, na Vila Belmiro, quando venceu o Santos por 2×1. Na sequência empatou com o Ceará, fora de casa em 1×1, perdeu para o Fortaleza, em casa por 1×0, também em casa perdeu para o Botafogo por 1×0, empatou com o Bragantino fora de casa por 1×1, empatou com o Flamengo em casa também por 1×1 e agora perdeu para o Internacional fora de casa por 4×2.

A rigor nenhum destes resultados pode ser considerado uma aberração. Embora o time tenha vivido momentos melhores na tabela, não houve grandes investimentos do Clube nas contratações – o elenco do Goiás é enxuto e de nível técnico razoável. O trabalho do técnico Jair Ventura e a entrega dos jogadores geraram alguns resultados surpreendentes, mas uma hora as coisas poderiam entrar numa sequência pouco agradável, como esta do momento.

Não existe time com elenco com qualidade razoável que segure boa fase uma temporada inteira, mas como a qualidade não é baixa, mas razoável, ela também não será ruim pelo restante da temporada.

O técnico Jair Ventura foi quem melhor definiu o objetivo possível para o Goiás neste Campeonato Brasileiro. Na fase de resultados surpreendentes, sempre que perguntado sobre a possibilidade de buscar uma vaga para a Libertadores da América, muito sensatamente ele respondia: “Nosso objetivo é atingir a pontuação para não cair para a Série B. Quando atingirmos esta pontuação, vamos ver o que é possível fazer”.

O Goiás tem 38 pontos ganhos, ocupa a 13ª posição na competição e precisa de mais cinco para não cair: com 43 pontos a equipe se garante na Série A para o ano que vem – apertada, mas se garante. O time ainda joga sete vezes no Campeonato. É esta a sequência: Corinthians em casa, Cuiabá fora de casa, América-MG em casa, Athletico-PR fora, Juventude em casa, Fluminense fora e fecha a participação na competição em casa diante do São Paulo. É preciso ter calma nesta hora, para não traduzir a sequência ruim em desespero.

Aí sim, será um desastre. Mas o time tem todas as condições de buscar os cinco pontos que faltam: com duas vitórias sobra um ponto, com uma vitória e dois empates, ou com cinco empates a conta fecha. Volto a afirmar o que tenho dito: o Goiás não tem time para brigar na parte de cima da tabela, mas também não tem para disputar rebaixamento.

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