A derrota em casa veio, pareceu inevitável, mas agora a determinação é: muita calma nessa hora. O Atlético foi superado pelo líder do campeonato, o Ceará, que tem mostrando grande organização e repetiu isso no triunfo por 2 a 0 no Serra Dourada, e o técnico Hélio dos Anjos, apesar de chateado pela derrota, tratou de mostrar paciência com a situação.

O treinador não lamentou as ausências de Marcus Winícius e Jonas, mas apontou que as coisas ficaram mais difíceis após tomar o primeiro gol, já que Pedro Bambu e Victor Oliveira não tinham a qualidade para apoiar que um lateral de origem possui. De qualquer forma, Hélio enxergou um Atlético aplicado, que não fugiu do jogo em momento algum e que mostrou a mesma aplicação dos últimos jogos contra um time que foi superior em campo.

“Eu não to chateado com o time não. Acho que temos algumas deficiências, estávamos com dois laterais, principalmente pelo lado esquerdo, que não tem muita função ofensiva, e fica mais difícil quando sai atrás do placar. Você fica chateado com a derrota, claro, mas o time jogou, teve muita coisa boa. O principal é você não se perder no jogo, é saber que tem qualidade, mas que o adversário teve mais ainda e por isso vencer. Tivemos nossas dificuldades, mas não é nada para desesperar”

No fim do jogo, Márcio mostrou uma visão realista e pesada de que, mesmo com a arrancada após a Copa do Mundo, o Atlético ainda está um degrau abaixo dos ponteiros da Série B. Hélio concordou com a afirmação e ainda explicou que o assunto foi trabalhado internamente, até mesmo para que o grupo não pense que chegou no máximo da atuação.

“Nós discutimos isso entre a gente, conversamos sobre isso e nós temos que melhorar muito para entrar na disputa. Nos trabalhamos com uma equipe que vem de uma irregularidade grande na temporada e temos que trabalhar muito a regularidade na competição para estar na parte de cima. É muito importante frisar, conversamos entre nós e eu não aceito que a gente pense que estamos prontos. Estabilizamos uma equipe taticamente, mas acho que precisamos evoluir ainda”