(Foto: Rubens Salomão/Sagres On)

A crise provocada pelas ações de contenção ao coronavírus afetou a saúde financeira dos hospitais em Goiás. O presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás, Haikal Helou, disse à Sagres 730 nesta quarta-feira (1º) que a quarenta determinada pelas autoridades de saúde chegou às unidades de saúde e ameaça suas sobrevivência. 

Haikal Helou observou que o reflexo da pandemia nos hospitais ocorre em três fases. Na primeira fase, já encerrada, todas as pessoas correram aos hospitais diante do temor da doença e superlotaram as emergências médicas. A fase atual é de paralisação total, pois as autoridades de saúde suspenderam os tratamentos eletivos e consultas médicas. A terceira fase será a de superlotação, mas pelos casos da covid-19. “Como sobreviveremos entre início do lockdown até o pico da pandemia?”, perguntou Helou.

O presidente da AHPACEG pontuou que 80% do trabalho dos hospitais são eletivos. “De uma hora para outra, 80% daquilo que faziamos desapareceu […] Nós aumentamos o nosso gasto, quando deixamos de faturar, a preocupação maior é com a sustentabilidade, por exemplo, quanto tempo conseguimos manter um hospital aberto sem trabalhamos e sem receber, então essa discussão que temos com os operadores, calculamos que conseguimos três semanas, mas qual é o perigo, no momento do pico da pandemia, nós hospitais não termos condições de funcionar nesse momento”.

Haikal Helou ressaltou que diminuiu gastos com materiais cirúrgicos, diminuiu gasto com antibióticos, mas aumentou o gasto com pessoal e principalmente com EPI’s. “EPI’s que comprávamos a R$ 1,70 hoje estamos pagando R$ 70. Tivemos que dispensar diversos funcionários que tinham mais de 65 anos ou com alguma comoridade”, revelou. “Aquele hospital que tinha um trabalho voltado para uma área cirúrgica, quando passa a atender paciente clínico ele vai precisar passar por uma readaptação muito grande e um faturamento muito menor”.

Por fim, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás considerou que está tratando com as operadoras de planos de saúde para traçar uma estratégia que não prejudique a prestação de serviço para a população e nem a saúde financeira dos hospitais e das operadoras. “As operadoras recebem para garantir a assistência ao paciente, eles também estão preocupados, porque se o hospital não consegue funcionar, o plano de saúde que eles vendem será atendido aonde?” questionou.

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