“A oitava maravilha do mundo”. Conhecido não apenas pelos gols marcados – fossem feios ou bonitos – mas também pelo carisma e frases de efeito, Dadá Maravilha definiu assim o novo Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, entregue nesta sexta-feira (21/12). Terceiro maior artilheiro do estádio, com 129 gols, Dadá (foto) disse que parecia entrar num túnel do tempo.

“Ficou diferente, pra melhor. Na minha época o torcedor ficava longe do campo. Nesse novo Mineirão, o Dadá faria os gols e iria comemorar com o torcedor. Estar perto da torcida deixa o jogador mais inspirado”, disse o ex-jogador do Atlético-MG e da seleção brasileira. “A responsabilidade dos jogadores aumentou muito depois dessa reforma. Os vestiários são excelentes. Se eles não fizerem gols com essa mordomia toda, eu volto, aos 66 anos, para ensiná-los”.

Carioca de nascimento e mineiro de coração, Dadá aposta que a Copa das Confederações e a Copa do Mundo da FIFA em Minas Gerais serão um sucesso. Na opinião dele, a fidalguia do povo mineiro fará com que Belo Horizonte “adote” as seleções que jogarem no Estádio Mineirão.

“Os favoritos são Espanha e Argentina, mas o Brasil pode surpreender. Na minha opinião, pela forma como o futebol é jogado hoje, a juventude vai imperar em 2014”, completa Dadá.

Quem também já se sentia à vontade no novo Estádio Mineirão era o almoxarife Zé França, de 73 anos – 50 deles dedicados ao templo do futebol mineiro. Ele começou a trabalhar no estádio em 1961, cuidando da contratação e demissão de operários e também do estoque de materiais.

“Isso não é uma obra, é uma obra de arte. Assim como há 47 anos, está sendo inaugurado hoje um dos estádios mais modernos do mundo. Ficou diferente, mas nota mil. Agora quero ver o Estádio Mineirão lotado de novo”, afirma Zé França, que esteve no Estádio Independência na Copa do Mundo da FIFA 1950 e agora espera ansioso por 2014.

Da FIFA.