Para a conta de luz vir mais barata, é preciso ter consciência da eficiência energética, por exemplo, usar lâmpadas em LED, apagar as luzes dentro de casa ou até mesmo trocar aquela geladeira antiga por uma mais nova. Além disso, na hora de projetar sua casa, é fundamental estar atento na hora de fazer a instalação elétrica, pois sendo bem feita, evita gastos de dinheiro e desperdícios de energia.

“Os nossos pais são conhecedores extremos de eficiência energética, se você está em uma sala e ele em outra, e você deixou a lâmpada acesa, ele já briga com você. Uma das formas de economizar não é apenas a troca de tecnologia, mas também na operação de equipamentos, na rotina diária em casa”, explica Paulo Takao, responsável pela área de energia do Instituto Senai de Tecnologia em Automação.

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De acordo com o Anuário Estatístico de 2021 da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel), ocorreram 691 mortes em 2020 em função de choques elétricos e 583 incêndios por causa de sobrecarga de energia, os chamados curtos-circuitos.

A perda de energia elétrica e os acidentes acontecem por conta da instalação e manutenção inadequada dos equipamentos. Para o diretor executivo da Abracopel, é fundamental utilizar produtos de qualidade e a população ficar mais atenta na instalação elétrica. 

“Desde a geração de consumo, você ter instalações elétricas adequadas, é preciso estarem projetadas de acordo com norma técnica, utilizando equipamentos e produtos de qualidade. Os fios precisam ser de qualidade” ressalta o diretor.

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Perda na distribuição

No caminho entre a usina geradora de energia elétrica até as casas dos consumidores, o Brasil perde cerca de 18% da eletricidade que produz. Estima-se que a maior parte dessas perdas, entre 10% e 12% da produção, esteja na parte final do sistema: a distribuição. Sempre haverá algum tipo de perda nas linhas de distribuição de energia entre as usinas hidrelétricas até nas tomadas das nossas casas.

“Essa energia é gerada nas usinas é transmitida através dessa linha de transmissão. Essas linhas de transmissões, por estar longe dos centros, tem perdas nas transformações, têm perdas nas linhas e até mesmo na distribuição nos grandes centros, por isso, as perdas dessa energia” destaca o instrutor da área eletrotécnica do Senai, Crisley Ximenes. 

Para Crisley, todos os tipos de energia causam perdas na distribuição. O que difere é que a energia hidrelétrica é considerada uma fonte limpa e renovável, mas ainda impacta o meio ambiente.

“A hidrelétrica pra você construir hoje, vai causar um dano ambiental, o fotovoltaico, você consegue gerar energia a partir de módulos instalados em telhados”, explica.

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Mas, quando se trata da perda de energia, Crisley Ximenes afirma que não importa os tipos de energia, sempre haverá perdas na distribuição. “A perda sempre vai existir, a gente não vai conseguir 100% por eficiência na geração de energia, infelizmente isso não é possível”, conclui.

Em 2021, o Brasil passou pela pior crise hídrica em mais de 90 anos, que resultou em outra crise, a energética. Devido aos baixos níveis dos reservatórios de hidrelétricas, foi preciso utilizar usinas termelétricas para evitar o risco de apagões ou racionamento.

E para evitar que a conta de luz chegue cara, é preciso que o consumidor evite desperdícios elétricos no cotidiano.  

“Há duas formas, você reduz o tempo de otimização dos equipamentos elétricos. Por exemplo, você vai tomar um banho, toma um tempo menor. Vai usar um secador, use em um tempo menor. E a segunda parte é a potência, você vai tomar um banho, reduza a potência e coloque no verão. Vai usar um secador, coloque no mais baixo, e assim você vai ter um consumo menor” finaliza Edson.

Repense

Esta reportagem integra a série Repense Energia desenvolvida pelo Sistema Sagres de Comunicação com o apoio da Fundação Pró Cerrado. Ao longo de 12 episódios vamos aprofundar sobre temas relativos à sustentabilidade, produção e consumo, que estão conectados ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 07 da Organização das Nações Unidas (ONU), que é “Energia Acessível e Limpa”.

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