Sagres em OFF
Rubens Salomão

Líder da base caiadista retoma críticas a governo tucano para contestar opositores

O deputado estadual Bruno Peixoto (MDB) foi o único aliado a rebater, na primeira sessão extraordinária da Assembleia Legislativa neste mês de julho, críticas de opositores ao pacote de programas sociais enviado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) à Casa. O líder da base aliada ouviu calado às ponderações de Antônio Gomide (PT), Eduardo Prado (DC) e Alysson Lima (Solidariedade), mas preferiu não engolir à seco as ponderações da deputada Lêda Borges (PSDB).

Confira a coluna em áudio:

A tucana usou dados do governo federal para apontar que o novo programa de transferência de renda, o “Mães de Goiás”, proposto em projeto da atual gestão, terá abrangência até 75% menor do que tinha o antigo Renda Cidadã. Para a parlamentar, o governo apresenta “um projeto meia boca” e que, de acordo com o CadÚnico, a regra de atender apenas famílias com filhos de zero a 6 anos exclui 300 mil famílias de um total de 400 mil, quando se considera o critério até 17 anos. Além disso, Lêda acusou o governo de usar o novo programa como instrumento eleitoral para a a disputa de 2022.

Os deputados anteriores cobraram apenas “sensibilidade do governo diante do momento de crise” para ampliar os critérios e abrangência do programa. Diante do tom político da tucana, Bruno Peixoto contestou: “Não é programa para fazer política, não. É porque nós assumimos o estado de Goiás quebrado! Sem dinheiro, sem pagar o Renda Cidadã, sem pagar o Bolsa Universitária. Adiantava ter programa social que não tinha pagamento? Não adiantava nada”, discursou o líder.

Comparação

Bruno Peixoto respondeu à óbvia pergunta implícita. “Por que estamos fazendo só agora o programa social? É porque o governo, com os deputados da base tem trabalhado para trazer benefícios e equilibrar as contas. Por isso o momento é agora: porque vamos dar o programa e vamos pagar o programa. Esse é o governo de Ronaldo Caiado”.

Para a próxima

Todos os projetos enviados pelo governo estadual à Assembleia Legislativa, para apreciação nas sessões ordinárias de autoconvocação, foram lidos em plenário e tiveram pedidos de vistas coletivas na Comissão Mista. Entram em primeira votação na próxima segunda-feira (19), com trabalhos agendados para às 10h.

Voto seguro…

A Coordenadoria Estadual de Apoio às Promotorias Eleitorais do Ministério Público de Goiás e os promotores de Justiça com atuação eleitoral assinaram e divulgaram nota em que defendem o atual sistema eleitoral brasileiro. “O Ministério Público Eleitoral acompanhou, no exercício de suas atribuições constitucionais, todas as eleições realizadas em solo goiano, podendo atestar a segurança, a celeridade e a integridade do sistema de urnas eletrônicas”, escrevem os promotores.

e auditável!

O documento ainda conclui que “as urnas eletrônicas são confiáveis, seguras, dinâmicas, eficientes” e que a condução das eleições pela Justiça especializada é feita de forma “séria, competente e republicana”. Os promotores ainda considerarmos válida e importante toda discussão que vise ao aperfeiçoamento do sistema eleitoral, mas “rechaçam o desrespeito aos preceitos constitucionais e quaisquer retrocessos”, em referência à proposta de confirmação impressa do voto.

Apoio

Em busca de vaga em chapa majoritária para disputar o Senado, o deputado federal João Campos teve reunião em que recebeu apoio de 11 deputados estaduais para o pleito. O presidente do Republicanos em Goiás negocia a composição de alianças para 2022 e considera todos os lados: da base caiadista até a oposição, passando por possíveis projetos independentes.

Quem?

Participaram do encontro a favor de João Campos os deputados: Wagner Neto (PROS); Vinícius Cirqueira (PROS); Cairo Salim (PROS); Julio Pina (PRTB); Chico KGL (DEM); Francisco Oliveira (PSDB); Rafael Gouveia (PP); Virmondes Cruvinel (Cidadania); Cláudio Meirelles (PTC); Thiago Albernaz (Solidariedade) e, claro, o correligionário Jerferson Rodrigues (Republicanos).

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