Sagres em OFF
Rubens Salomão

Lira atende governo e anula requerimento de deputado goiano para convocação de Braga Netto

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), acatou pedido do governo Jair Bolsonaro e derrubou a convocação do ministro da Defesa, Braga Netto, para comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e prestar esclarecimento sobre a compra de picanha, cerveja, bacalhau, filé e salmão pelas Forças Armadas. O pedido foi apresentado pelo deputado federal Elias Vaz (PSB/GO), que apresentou denúncia sobre possível superfaturamento na compra dos itens, além de a aquisição ser aparentemente inoportuna.

No entanto, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), protocolou requerimento à presidência da Casa pela anulação com o argumento, acatado ontem por Lira, de que “a convocação de ministro de estado tem caráter pessoal, não se podendo, portanto, aprovar requerimento de convocação sem expressamente nominar a autoridade a ser convocada”.

É que a aprovação do requerimento se deu durante o período da troca de comando do ministério, entre o pedido de demissão de Fernando Azevedo e Silva e a nomeação de Walter Braga Netto. Assim, o documento suprimiu o nome do ministro e foi aprovado no dia seguinte à nomeação do novo titular, que ocorreu em 30 de março. A posse, no entanto, ocorreu no dia 6 de abril.

O requerimento aprovado pela comissão trata da compra de alimentos pelas Forças Armadas, mas Braga Netto seria questionado pelos parlamentares de oposição sobre as mudanças feitas nas Forças Armadas após ser indicado como ministro da Defesa.

Ouça a coluna Sagres em Off:

Suspeitas

Autor do requerimento, o deputado Elias Vaz (PSB-GO) disse que encontrou a compra de 80 mil latas de cerveja para os militares em 2020 e indícios “claros” de superfaturamento de bens. “Encontramos a compra de picanha, 13 mil quilos, no valor de R$ 84 o quilo da picanha. E alcatra a R$ 82 o quilo. São preços claramente superfaturados”, disse, em referência aos preços registrados no início de 2020.

Ex-tucano

A base caiadista trata como certa a filiação do prefeito de Goianira, Carlão da Fox (PSDB), ao DEM. O gestor foi reeleito em 2020 com 72% dos votos na cidade e pretende se candidatar a deputado federal no próximo ano.

Foto: Prefeito busca projeto federal com filiação ao DEM. (Crédito: Prefeitura de Goianira/Divulgação)

História

A saída é representativa aos quadros tucanos. Carlão tentou ser a voz dos prefeitos do PSDB na última disputa interna no partido. O prefeito se apresentou para disputar contra Jânio Darrot e Talles Barreto na eleição ao diretório estadual em 2019, mas acabou abrindo mão do pleito por interferência de Marconi Perillo, em prol de Jânio.

Transparência

O Ministério Público de Contas pediu medida cautelar para que o Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás (TCM) determine que as administrações da 5ª região divulguem dados omitidos da pandemia de Covid-19.

Onde?

Na representação, o MPC pede que Aparecida do Rio Doce, Avelinópolis, Cachoeira Alta, Castelândia, Cezarina, Edéia, Inaciolândia, Itajá, Paranaiguara, Turvânia e Varjão incluam nos sites oficiais a divulgação de Boletins Epidemiológicos, entre outras informações. Já os municípios de Itarumã, Nazário, Quirinópolis e Serranópolis devem apontar a data de atualização dos Boletins Epidemiológicos publicados. Enquanto que Acreúna, Anicuns, Aporé, Chapadão do Céu, Doverlândia, Maurilândia, Montividiu, Palminópolis, Paraúna e Perolândia para efetuarem a atualização diária dos dados da pandemia.

A propósito

O governador Ronaldo Caiado (DEM) vai hoje a Paraúna lançar obras para construção de 50 moradias, no Residencial Dona Mulata.

Ampliação

A Câmara Federal aprovou projeto de lei que inclui medidas protetivas de mulheres nos sistemas de informações das polícias Civil e Militar. Segundo a autora, deputada federal Flávia Morais (PDT), a matéria vai auxiliar no combate à violência contra as mulheres, em um ajuste à Lei Maria da Penha.

flaviamoraispdt
Foto: Projeto da deputada Flávia Morais faz ajuste à Lei Maria da Penha. (Foto: Câmara Federal/Divulgação)

Justifica

“Concedida a medida protetiva de urgência, deverá, de imediato, constar nos sistemas de registro de informações das polícias civil e militar”, diz trecho do projeto. Já a parlamentar afirma que “é inegável que a agilidade é forte aliada na redução de homicídios e das agressões sofridas pelas mulheres”.

Mais lidas:

Leia também: