A coleta seletiva ajuda aumentar a conscientização da população em relação ao consumo sustentável e a preservação do meio ambiente. Mas como as empresas têm feito para adotar práticas sustentáveis? Assista à reportagem a seguir

Um exemplo é a existência de uma academia de ginástica no canteiro de obras de uma edificação comercial, o World Trade Center (WTC). A iniciativa teve o auxílio de um professor da Consciente Construtora e Incorporadora em uma parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi). O objetivo é de estimular as atividades físicas.

“Criaram um peso com reciclagem, dentro da obra, e o pessoal foi vendo essa iniciativa. Em 2012 veio essa ideia, depois decidimos montar uma academia dentro de um canteiro de obra”, explica o coordenador socioambiental Felipe Inácio.

Para ele, o projeto contribui com a saúde daqueles que não têm condições de frequentar uma academia.

“Às vezes, as pessoas não têm condições de pagar uma academia, por isso eu conversei com o pessoal do Sesi. Levamos todos os equipamentos, como bicicleta, esteira, todo o maquinário de academia para os trabalhadores poderem utilizar”, disse o coordenador.

Academia sustentável. Foto: Felipe Inácio.

Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU) para Alimentação e Agricultura identificou que aproximadamente 14% dos alimentos produzidos para consumo global é perdido entre a colheita e o varejo a cada ano.

Em busca de sustentabilidade, três amigos colocaram em prática o primeiro restaurante lixo zero do Brasil, com o objetivo da consciência ambiental. A coordenadora do movimento Lixo Zero Goiás, Raquel Ferreira, explica como o movimento chegou ao Brasil.

“O Lixo Zero é um conceito que foi formado nos Estados Unidos, o zero desperdício. No Brasil, em 2010, nós criamos o Instituto Lixo Zero e, através desse instituto, foi ocorrendo formações de embaixadores. Hoje, somos mais de 1 mil embaixadores com atuação nessa temática dos resíduos e praticamente em todas as capitais e cidades do país”, relatou Raquel.

Para o estabelecimento, fazer parte do Lixo Zero é necessário que somente o rejeito, ou seja, aquele material para o qual ainda não existe nenhuma possibilidade de reaproveitamento ou reciclagem seja encaminhado para o aterro sanitário.

“Nós aconselhamos sempre a separar os materiais. São orgânicos, rejeitos recicláveis, que devem ser encaminhados para cooperativas, compostar quando possível ou encaminhar para o local o orgânico. Somente o rejeito deve ir para o aterro sanitário”, explicou Raquel Ferreira.

Para ela, o consumo sustentável é uma ferramenta de conscientização para que todos façam sua parte em prol da preservação ambiental. Além disso, segundo Raquel, a sustentabilidade pode apresentar vantagens, uma vez que reduz o desperdício de recursos naturais.

“O conceito Lixo Zero entra na parte educacional, na parte de saúde, do meio ambiente, entrelaça todos esses conceitos e objetivos. É interessante que tenha esse olhar diferenciado, como é possível, fazendo uma gestão adequada dos seus resíduos e trabalhar isso com os funcionários e que esse conceito faça a diferença na vida de cada um, não só no formato empresarial, mas as pessoas importam nesse trabalho”, destacou Raquel.

Série Repense

Esta reportagem integra a série Repense, em que são abordados temas relativos a sustentabilidade, que integra a 12ª meta do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), que é “Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis”. A meta integra a agenda 2030 da ONU.

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