A comemoração após o jogo foi intensa, na segunda-feira a ressaca ainda se misturou com o resto de festa, mas agora chega. Depois de conquistar o Goianão em cima do rival Goiás no domingo, o Atlético se reapresentou nesta terça-feira com a cabeça já voltada para o Brasileirão Série B, que começa neste sábado para o Dragão, às 16h20, contra o Boa Esporte, no estádio do Melão, em Varginha. E quem dá a “ordem” pra isso é o goleiro e capitão da equipe, Márcio.

O time se reapresentou na tarde desta terça-feira, mas Márcio já estava no clube pela manhã, para tratar de uma dor no joelho após a desgastante jornada de domingo. O goleiro conhece a dificuldade que é a Série B e reconhece que o Atlético precisa chegar mais encorpado para a competição, sem levar tanto em conta o título que conquistou no Estadual.

“Sabemos que o título do campeonato não vai significar praticamente nada pro Brasileiro. Vai significar uma questão íntima nossa, de acreditar que a gente sempre pode um pouco mais, mas a competição é muito diferente, muito mais longa e muito mais difícil. Com esses reforços que chegaram, acho que a gente dá uma encorpada no time e isso dá uma confiança de permanecer na Série B, que é o pensamento principal do clube hoje”, destacou.

Mesmo que o pensamento inicial do clube seja permanecer, Márcio e os demais jogadores acreditam que o Atlético tem potencial de ir mais longe, chegando para disputar uma das vagas do acesso para a Série A. O goleiro sabe que é muito importante vencer as partidas em casa e por isso, mais uma vez, fez um pedido público ao presidente Valdivino de Oliveira para que abaixe o preço dos ingressos.

“Eu tenho um tempo no clube e não estou confrontando o presidente, ele sabe bem disso, mas ele tem que entender que o torcedor atleticano é de origem humilde e vai continuar sendo. Não dá pra ser da forma que é o valor dos ingressos. Não tenho conhecimento de causa, mas sei um pouco e não são as rendas que vão sanar os problemas financeiros do clube. Diante disso, acho que seria muito mais benéfico o torcedor no estádio. Isso traria mais empolgação ao jogadores, mais vitórias e consequentemente, mais patrocínios”, expôs o capitão.

O camisa 1 da equipe rubro-negra ressaltou apenas um desejo de quase a totalidade dos torcedores, mas que não deve ser suficiente para mudar o pensamento do presidente. Os ingressos cobrados desde o início do ano, ao preço de R$40 na arquibancada e R$60 nas cadeiras devem permanecer, mesmo com o exemplo dado pelo Goiás na final de domingo, quando se cobrou R$20 e R$40, respectivamente.