Sagres em OFF
Rubens Salomão

Marina Silva pede cooperação regional para evitar “ponto de não retorno” na Amazônia

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou em reunião do G20, na Índia, que o desmatamento da Amazônia neste primeiro semestre do ano diminuiu. O índice de queda foi de 36%, na comparação com o mesmo período de 2022. O grupo formado por países como Argentina, Austrália, Brasil e Canadá debateu a crise climática e a ministra pediu cooperação dos países da região amazônica.

“No Brasil, assumimos o firme compromisso de zerar o desmatamento da Amazônia até 2030. Neste sentido, já nesses primeiros seis meses de governo do presidente Lula, a área sob alertas de desmatamento na Amazônia caiu 33,6% em relação ao mesmo período do ano anterior”, comentou a ministra. Marina ainda comentou sobre a Cúpula da Amazônia, que ocorrerá em agosto, para debater medidas de proteção à floresta.

“Buscaremos avançar em uma agenda objetiva e com instrumentos claros para a cooperação regional, com foco na proteção da floresta amazônica, com o objetivo de evitar que ela chegue ao ponto de não retorno”, disse. A ministra finalizou discurso lembrando que em dezembro o Brasil assume a presidência do grupo e prometeu o “total empenho do Brasil em buscar soluções ambiciosas à altura de nossos desafios comuns”.

MARINA COOPERAÇÃO G20
Foto: Ministra Marina Silva cobra cooperação pela Amazônia, durante reunião do G20, na Índia. (Crédito: Divulgação)

Cooperação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da Cúpula da Amazônia, nos dias 8 e 9 de agosto, em Belém, no Pará. O evento reunirá os presidentes dos oito países da região e terá foco no debate e desenvolvimento de ações pela cooperação.

Consenso

Segundo Lula, o objetivo é construir uma posição conjunta que será levada à conferência do clima das Nações Unidas, a COP28, nos Emirados Árabes, entre 30 de novembro e 12 de dezembro.

Florestas

“Brasil, os países da América do Sul que fazem parte da Amazônia, mais os dois Congos [República do Congo e República Democrática do Congo] que nós convidamos para vir à reunião, mais a Indonésia, são os países que têm muita reserva de floresta. Então, o que nós queremos é dizer ao mundo o que queremos fazer com a nossa floresta”, antecipa o presidente.

Recado

“Dizer o que o mundo tem que fazer para ajudar, porque prometeram US$ 100 bilhões em 2009 e até hoje não saiu esses US$ 100 bilhões”, cobra. Ainda em agosto, Lula viaja para a África do Sul onde participa, de 22 a 24, da Cúpula do Brics – bloco que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Agenda

Já em 9 e 10 de setembro, o presidente estará na Índia para a Cúpula do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. O Brasil receberá a presidência temporária do grupo para 2024.

Assembleia Geral

Em 19 de setembro, Lula abre a sessão de debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York. Na ocasião, segundo ele, também será lançado um programa de geração de empregos entre os países.

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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática; ODS 15 – Vida Terrestre; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

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