O Centro Cultural do Mercado Popular da 74, além de super tradicional na cidade, é um local que conta com um carinho especial dos goianienses. O espaço está situado na Rua 74, na região do Bairro Popular, hoje incorporado ao Centro de Goiânia.
O Bairro Popular surgiu logo no início da cidade, quando funcionários públicos em cargos mais modestos moravam nesta região. O Mercado leva o nome Popular em referência ao local em que está situado. O espaço começou a ser construído em 1952 e a inauguração ocorreu no ano seguinte, em 1953, na gestão do prefeito Venerando de Freitas Borges.
Em 2023, o Mercado Popular completa 70 anos. Na atualidade, são vários os itens comercializados, como calçados, conserto de roupa, mercearia com mercadorias tradicionais do Cerrado, açougue, pamonharia, restaurantes e a Pastelaria do Meu, que merece um capítulo a parte mais abaixo.
Aos sábados pela manhã há a Feira do Orgânico, com frutas e verduras bem fresquinhas e sem agrotóxico, mas é preciso chegar bem cedo, pois as mercadorias acabam rápido.
As lojas funcionam o dia todo, a partir das 8h. Já os restaurantes, abrem para horário de almoço. Isso de segunda a sexta-feira. Aos sábados geralmente as lojas ficam abertas até o horário de almoço. E a noite fica por conta dos bares, que funcionam até as 23 horas.
Identidade
O Mercado da Rua 74 tem como identidade a história da cidade, começando pelo nome Popular, mas também participando de diferentes passagens da trajetória da cidade de Goiânia, sejam elas boas ou ruins.
Na época do acidente com Césio 137, em setembro de 1987, o Mercado foi fechado, por estar numa área próxima a pontos de contaminação e abaixo do Estádio Olímpico, que recebeu pessoas que tiveram contato com a radiação. O momento foi de apreensão para os comerciantes, mas tudo foi superado.
Reformas
Algumas reformas aconteceram no mercado da Rua 74. Uma das primeiras foi em 1987. Já na década de de 2000, o Mercado Popular passou a ter a configuração que conhecemos. Em 2005 foi realizada uma parceria com a Casa Cor Goiás e em 2007 o espaço foi reaberto à população.
Cultura
A partir da reabertura a proposta é de ser um ponto turístico de Goiânia, movimento pela arte, cultura e gastronomia. Comemorações no carnaval são realizadas ali, assim como em jogos do Brasil em época de Copa do Mundo.
Com a entrega da reforma, o local passou a ter eventos culturais, inicialmente aos fins de semana e, atualmente shows musicais acontecem de terça a sexta-feira, sendo Terça-feira: MPB e pop-rock, quarta: samba, quinta: rock’n roll e sexta-feira: sertanejo e forró.
Em outubro de 2022, foi sancionada lei municipal que dá o nome da cantora Marília Mendonça ao Mercado da Rua 74, desta forma o local passou a se chamar Centro Cultural do Mercado Popular da 74, Marília Mendonça, como forma de homenagear a artista morta aos 26 anos, em um acidente aéreo, em novembro de 2021, em Minas Gerais.
Pastelaria do Meu
A Pastelaria do Meu vale um capítulo à parte na história do Mercado da Rua 74. Como não se encantar com o tradicional Biscoito Frito, em forma de roda, quentinho a todo instante, acompanhado de um café.
Tem ainda o Pastel Árabe, uma massa em formato triangular, com carne, cebola, limão e hortelã. Um dos 10 melhores pastéis do Brasil no programa da Ana Maria Braga. Além do sabor, há toda uma tradição.
Fundada por Geraldo de Lemes, em 1963, o nome do local surgiu por um hábito dele que tinha o costume de chamar as pessoas por ‘meu’, então acabou pegando o nome. E trabalhou no local até os 80 anos de idade. Atualmente a pastelaria é comandada pelo seu filho, o publicitário Daniel Henrique.
Goiânia 90 lugares
Goiânia faz 90 anos em 24 de outubro. Por isso, o Sistema Sagres de Comunicação, com apoio da Prefeitura de Goiânia elaborou um guia de 90 locais a serem conhecidos por você que é goianiense, que mora na capital ou que está de passagem por aqui. Esta é a campanha “Goiânia 90 Lugares”.
A produção inclui 90 reportagens em texto e fotos de lugares marcantes da cidade, 30 vídeos, um mapa e uma página especial. A campanha conta ainda com entrevistas especiais sobre a construção, estrutura e futuro da nossa capital.
As ações tem coordenação de Rubens Salomão, com pesquisa e textos de Samuel Straioto, Arthur Barcelos e Rubens Salomão. Imagens e edição de Lucas Xavier, além das reportagens em vídeo de Ananda Leonel, João Vitor Simões, Rubens Salomão e Wendell Pasqueto. A coordenação do digital é de Gabriel Hamon. Coordenação de projetos é de Laila Melo.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 04 – Educação de Qualidade; ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis
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