O Sagres em Tom Maior desta segunda-feira (25) destaca a sexta edição do projeto Viver Esperança, que promove um momento de reflexão com o tema: “Reconhecendo sentimentos e emoções para ter autocontrole”. As apresentadoras, Jéssica Dias e Pallôma Rabello, receberam a assistente social do Grupo aconchego, Meg Pessoa, e também a jovem aprendiz da Renapsi polo Tocantins, Maria Eduarda Soares.

Juntas, elas direcionaram perguntas para a neurocientista e escritora, Claudia Feitosa Santana. Autora do livro “Eu controlo como me sinto”, a especialista explica a diferença entre emoção e sentimento. “As nossas emoções não precisamos controlar, o que eu falo no livro é que emoção é diferente de sentimentos. Isso é o que a neurociência nos ensinou nos últimos anos, porque até pouco tempo, a gente achava que emoção e sentimento eram a mesma coisa, tanto é que a gente usa como sinônimo”, destacou.

A autora do livro expôs detalhes do que escreveu sobre controle da emoção e do sentimento. “O que explico no livro é o seguinte: a emoção está no corpo, a gente escuta, a gente olha, a gente presta atenção e a gente respeita. E é prestando atenção no que está acontecendo no nosso corpo que a gente vai entender quais são as nossas emoções”.

Claudia Santana exemplifica a questão da seguinte forma: “Quando você se encontra com uma pessoa e fica extremamente incomodada, pode ser que o seu batimento cardíaco acelere, pode ser que você tenha um tremor na mão ou suor, tudo depende da pessoa. Pode ser que você fique com a boca seca ou com a garganta travada,, pode ser que você fique com os olhos marejados, tem gente até que chora. Isso é o que acontece no corpo, e isso é o que a gente chama de emoção. E quando você interpreta o que está acontecendo no seu corpo que é o sentimento”, relata.

A escritora afirma que o sentimento pode ser tristeza, raiva, angústia, ansiedade, mas ressalta que são dois estados diferentes do processamento emocional. Segundo ela, quando uma pessoa aprende isso, ela começa a ter autoconhecimento e aos poucos vai ganhando mais autocontrole.

Questionada sobre a importância das pessoas buscarem um autocontrole sobre as emoções e os sentimentos, Claudia Santana ressalta que o autocontrole proporciona uma relação mais harmônica e pacífica. Entretanto, a neurocientista diz que é preciso um treinamento do cérebro.

“O nosso cérebro vai sempre nos mandar comandos, porque nosso cérebro é sempre muito preguiçoso, então ele acaba sendo perigoso, porque ele nos coloca em situações onde o que ele quer é prazer. O primeiro lugar é alívio, é satisfação. Se você está incomodado ou irritado com alguma pessoa, o cérebro te manda revidar”, analisa a escritora.

A neurocientista afirma que o desejo do ser humano é de melhorar e não mais brigar. ”A gente quer se dar melhor com as pessoas, e para isso, a única forma, é fazendo um treinamento. Então ajuda aprender a prestar atenção no corpo, a reconhecer as emoções, nomear o que está sentindo, e isso tudo não é que a gente nasce sabendo, mas a gente vai aprendendo”, finaliza a escritora.

Confira a entrevista completa a seguir a partir de 00:59:16

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