O homem forte do futebol do Vila Nova está tentando se afastar dos holofotes. E o motivo é algo bem corriqueiro no mundo do futebol: as críticas da imprensa e da torcida. Newton Ferreira, que insiste em não ser chamado de diretor de futebol do Vila, explicou que não concorda com algumas posições adotadas por pessoas da mídia e confirmou que está buscando se afastar um pouco do dia a dia colorado. Para isso, Lúcio Antônio Rodrigues, gerente de futebol, vai se firmar no cargo e ser remunerado.

“Falam que eu sou o diretor de futebol, mas eu sou responsável pelo futebol perante esse grupo que está tocando o Vila. Não tem novidade, está tendo dificuldade enorme, então eu deixo especularem à vontade e a hora que tiver novidade e tiver os atletas, eu vou anunciar. O Lúcio (Antônio Rodrigues) agora vai assumir mesmo a gerência, nós vamos arrumar um salário e uma condição melhor de trabalhar, aí ele vai comunicar melhor com todos. Eu não quero mais ficar no dia a dia, no confronto todo dia”

A última insatisfação de Newton com a imprensa e com os torcedores é quanto aos comentários sobre a contratações para a próxima temporada, principalmente do veterano Wando e do jovem argentino Nacho Coira. Newton confirmou que o Capetinha da Toca é uma aposta pessoal dele, assim como foi o zagueiro Vitor, que terminou a Série C em alta. Confiante de que sua escolha mais uma vez dará certo, o dirigente mostrou estar saturado com tantas reclamações.

“É muita crítica, tudo é ruim, tudo é fraco, se contrata um rapaz novo é ruim, se contrata um veterano é ruim, se o preço do ingresso sobe é ruim. Todos nós precisamos da alegria do futebol, estamos com dificuldade enorme de patrocínio e nós estamos remando pro lado contrário. Eu tenho uma aposta particular (Wando), todo mundo sabe, então vamos ver jogar. O Vítor veio e ninguém queria, e deu certo. Vamos ver se essa outra dá certo também”

Além de todas as críticas, Newton ainda explicou que precisa lidar com os problemas financeiros do clube, que também atrapalham na hora de contratar os bons jogadores. Mesmo mantendo a esperança de que a próxima temporada será de uma saúde financeira melhor do que foi 2013, o dirigente destaca que o fim de ano e o mês de Janeiro serão complicado e, que por enquanto, nada melhorou da época da Série C.

“Piorou. Nós ficamos Outubro sem receita, Novembro, Dezembro, e ainda tem 13º e Janeiro, esse é o gargalo mais difícil. Um ano de futebol de Novembro à Novembro, nós vamos ter quatro, cinco meses sem receitas, então a dificuldade total é financeira. Nós estamos tentando arrumar um suporte, até contribuição nossa mesmo, arrumar conta garantida e o Vila vai ser viável, nós vamos fazer um bom time e ter uma boa conduta ano que vem”