JULIANA BRAGA – BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um levantamento feito pelo grupo Mulheres Diplomatas mostra que a situação de disparidade de gênero melhorou na gestão do ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira mas permanece muito aquém da média da carreira.

Embora representem 23% dos diplomatas, mulheres chefiam somente 19 embaixadas, o que representa 14,6% do total.

Em junho de 2022, data do levantamento anterior do grupo, eram 14 embaixadoras, o que mostra um avanço ainda tímido.

Mas o acréscimo se deu relativamente em localidades melhores. Agora são duas em postos do tipo A, considerados os de maior relevância – Berna e Estocolmo, na Europa. Houve um aumento também nos postos tipo C, saindo de seis para nove embaixadoras.

A situação de disparidade se repete em outros cargos. Dos 217 postos no exterior, o que inclui consulados e vice-consulados, missões e escritórios, somente 30 são chefiados por mulheres, 13,8% do total.

Mauro Vieira foi pressionado a corrigir a disparidade de gênero na categoria, porque quando comandou o Itamaraty no governo de Dilma Rousseff (PT), foi o chanceler que menos promoveu mulheres.

Um dos acenos feitos pelo ministro foi nomear a diplomata Maria Laura da Rocha secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores. É a primeira mulher na história a ocupar o cargo – o segundo mais importante da hierarquia da diplomacia brasileira.

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