Samuel Albernaz – Até o presente momento, nós nos deparamos com inúmeras situações que exigiram de nós mesmos destreza e sabedoria para a tomada de decisão. O mundo sofreu e sofre as consequências deste cenário e tenta encontrar o caminho certo para este “novo normal”. Não sabemos se será a correta, ou se é algo exponencial, porém, é necessário termos em mente que é preciso continuar nos adaptando às novas realidades para continuarmos sendo peça-chave das organizações.

Hoje, 9 de setembro, comemora-se o “Dia Nacional do Administrador” e os 56 anos de história da Administração. Foi neste dia, em 1965, que a Lei 4.769 foi sancionada criando a profissão. Vale relembrar que o Dia Nacional só entrou em vigor no calendário cívico-cultural do Brasil em 2014, com a sanção da Lei 12.967. Uma iniciativa minha com o ex-deputado federal, Sandro Mabel. E o que se buscou foi valorizar ainda mais a categoria.

A ciência da Administração passou a ser muito mais que apenas elaborar estratégias para melhorar o desempenho da empresa. Tornamo-nos aquilo que podemos chamar de “salva-vidas” das organizações. Atuamos agora como perfis líderes e coesos, que planejam, direcionam, previnem e organizam o caos causado pela pandemia, de modo eficaz e eficiente, dentro das organizações público-privadas em nosso país.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base na pesquisa Pulso Empresa: Impacto da Covid-19 nas Empresas, que visa estimar os impactos da pandemia na economia brasileira, cerca de 716 mil empresas fecharam as portas até o mês de julho do ano passado.

As inconsistências e receios por parte dos empresários e gestores públicos permeiam. Infelizmente a pandemia continua e vêm acompanhada de escândalos políticos, crises societárias e econômica. As alterações e restrições orçamentárias atingiram diversos ramos comerciais. As casas se tornaram escritórios, as empresas reduziram significativamente a capacidade produtiva ou até fecharam. Nações “blindaram” os confres tentando minimizar os danos causados pelo tsunami da Covid-19. Todavia, a busca contínua para deixar a zona vermelha e retomar economicamente no mercado é presente.

É sabido que é neste momento que o administrador se destaca. É se preparar e por em prática, de forma rápida e transparente, o esquema tático que vai do antes, durante e após a crise. Atingir novas diretrizes empresariais e públicas exige competência e habilidade para além do ambiente corporativo. E somente o profissional de Administração tem a capacidade de gerenciar e prever os caminhos que a empresas e organizações precisarão tomar.

Sobretudo é imprescindível destacar a importância do Administrador para o negócio que ainda insiste em ser mal administrado, sem a participação deste profissional. Somente o Administrador pode e vai continuar a direcionar, com ética, as estratégias e métricas para que os resultados sejam alcançados. O Administrador é o agente catalisador do desenvolvimento do país.

Administrador e presidente do Conselho Regional de Administração de Goiás (CRA-GO)