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Rubens Salomão

Petróleo na Amazônia tem nível máximo de impacto ambiental, segundo Ibama

Novos pareceres do Ibama obtidos e revelados pelo jornal Folha de S. Paulo apontam o grau de impacto ambiental do projeto de exploração de petróleo na bacia Foz do Amazonas. A iniciativa para petróleo na Amazônia, a cargo da Petrobras, atingiu escala máxima, com alta magnitude do impacto negativo. Com citação à influência em biodiversidade formada por espécies ameaçadas de extinção e comprometimento de áreas ainda desconhecidas.

O cálculo foi feito pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e é descrito em detalhes nos documentos. Parte dos relatórios foi acessada por meio da Lei de Acesso à Informação. A perfuração do chamado bloco 59 teve um grau de impacto ambiental calculado em 0,5%. A escala varia de 0 a 0,5%, conforme a legislação vigente —o índice, portanto, atingiu o máximo possível. O bloco tem planejamento pela Petrobras e pelo governo Lula (PT) para 2024.

Os principais componentes do indicador são magnitude dos impactos, biodiversidade, persistência dos impactos e comprometimento de área prioritária. Esses itens também foram tiveram definição em seus valores máximos, o que levou ao índice de 0,5%. A Petrobras ainda não respondeu a questionamentos referentes ao grau máximo de impacto ambiental do petróleo na Amazônia.

PETRÓLEO NA AMAZÔNIA FOZ DO AMAZONAS
Foto: Foz do rio Amazonas, na costa do Brasil e da Guiana Francesa. (Crédito: Elsa Palito/Greenpeace Brasil)

Petróleo na Amazônia

Uma tentativa anterior de exploração de petróleo na Amazônia, especificamente na bacia Foz do Amazonas, terminou depois de um acidente no local do poço. A tentativa também continha a magnitude máxima nos potenciais impactos ambientais. O índice final, porém, foi inferior ao do projeto atual: 0,28%.

Negativo

Os pareceres do Ibama que definiram o tamanho do impacto ambiental da perfuração no bloco e o valor da compensação ambiental tiveram elaboração em abril de 2022. Em maio de 2023, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, acompanhou um parecer técnico do órgão e negou a concessão de licença para perfuração do poço.

IBAMA projeto petroleo amazonia
Foto: Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados realiza audiência pública sobre exploração de petróleo na Amazônia. Na foto, Daniele Zaneti, Gerente de sustentabilidade da Petrobras; (Crédito: Lula Marques/ Agência Brasil)

Tentativa e erro

A Petrobras recorre contra a decisão e, em discurso alinhado ao do governo Lula, planeja prospectar petróleo nesse ponto da costa amazônica ainda em 2024.

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*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU)ODS 12  Consumo e Produção Responsáveis; ODS 13  Ação Global Contra a Mudança Climática; e ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

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