A sinuca de bico do Republicanos de João Campos em Goiás, depois do apoio de Rogério Cruz à reeleição de Ronaldo Caiado; a disputa antecipada ao Senado para a eleição deste ano; e a ameaça de paralisações entre servidores estaduais sãos temas deste episódio do Podfalar.

O governador Ronaldo Caiado comemorou nesta semana o anúncio de apoio feito pelo prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos). O presidente do União Brasil em Goiás garantiu que, depois da definição de Rogério, a “contrapartida” será a intensificação das parcerias administrativas entre o governo estadual e a prefeitura da Capital.

A confirmação da aliança política foi apresentada por Rogério em entrevista ao jornal O Popular, nesta segunda-feira (21). Além de agradecer o apoio, Caiado contou que a busca por uma aliança política, mais do que administrativa, foi iniciada ainda no ano passado.

Caiado já articulava para a adesão de Rogério Cruz à base aliada ao Palácio das Esmeraldas e a conversa teve avanço importante quando foi iniciada a reconciliação entre o prefeito e o presidente regional do MDB, Daniel Vilela, escolhido pelo governador como pré-candidato a vice.

Daniel e Rogério tiveram rompimento no início de 2020, com a debandada emedebista do Paço Municipal e, apesar da retomada, ainda não voltaram a ter relacionamento direto.

Aliados do prefeito apontam que a decisão chega em conjunto com a direção nacional do Republicanos e o diretório do partido em Brasília. Diante disso, restaria ao presidente regional do partido, João Campos: retomar pré-candidatura à reeleição como deputado federal ou trabalhar por candidatura avulsa ao Senado.

Oficialmente, João Campos desconversa. Para ele, o apoio de Rogério Cruz a Caiado não representa definição partidária. Se os destinos do Republicanos ainda são incertos, com indefinição de João Campos e confirmação de Rogério Cruz, o cenário para disputa em busca da única vaga ao Senado na eleição deste ano começa a se apresentar.

Pré-candidaturas já foram colocadas: a questão agora é saber quem realmente vai passar pelo filtro da pré-campanha. Enquanto isso, os pré-candidatos continuam afiando o discurso.

Enquanto ataques e defesas são trocados, a maior parte dos partidos ainda considera praticamente todas as possibilidades para a composição de chapas majoritárias: com Ronaldo Caiado, com Gustavo Mendanha ou Marconi Perillo.

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