Estamos vivenciando um fato novo nesse últimos meses aqui no Brasil. A reta final do Campeonato Brasileiro em suas Séries A e B, decisão das Copas do Brasil e Libertadores, e definição das eleições que apontarão o presidente da República para os próximos quatro anos.

No futebol as brigas violentas entre torcidas deixaram um rastro de destruição e muita gente machucada em Pernambuco e Ceará. Aqui um jogo foi suspenso por falta de segurança diante das ameaças de duas torcidas chamadas organizadas, de Goiás e Corinthians. Imagino como serão jogos futuros de outras equipes onde as torcidas ameaçam e protagonizam cenas estarrecedoras em avenidas movimentadas. Se a cada ameaça for levada em consideração, outros jogos serão adiados, inchando ainda mais o nosso calendário futebolístico.

Entendo que ao invés de ações do Ministério Público interferindo na realização de jogos, deveríamos ter, sim, uma ação mais eficaz das autoridades policiais no combate aos baderneiros, punindo mais e conversando menos. Os que vão aos estádios com a finalidade única de criar confusão, de marcar brigas pelas redes sociais, de quebrar ônibus, carros de pessoas do bem, de machucar e até mesmo de matar, esses perderam o medo da polícia que na verdade até cumpre suas tarefas, prender os baderneiros, mas a soltura é imediata e no próximo jogo todos estarão em ação cometendo os mesmos delitos.

O futebol parece ter um caminho, ou jogar apenas com a torcida do mandante ou deixar os estádios vazios como prefere a televisão, detentora dos direitos dos eventos cujos dias e horários ficam à mercê deles. Quanto menos público nos estádios, mais audiência.

Em referência à política, esse parece ser um pleito onde a paciência, dos simpatizantes de um ou outro candidato, se esgota a cada dia, a cada instante. Se já havia uma rivalidade em relação a cor de camisas no futebol, ela chega à política onde a conotação de cores dá o tom da discussão.

Jogadores que apoiam um ou outro candidato, são taxados de bandidos e perdem a idolatria em segundos, basta colocar uma bandeira do Brasil seja lá onde for ou fazer um simples sinal com a mão para ser metralhado.

Há uma disputa também entre artistas, principalmente cantores sertanejos ou de qualquer outro seguimento, intelectuais, atores e jornalistas defendendo seus favoritos, desviando muitas vezes a verdade para favorecimentos pessoais. Nessa hora não sabemos quem é o melhor, queremos é ganhar e depois que se explodam as consequências.

Pedir paz agora é o dever de cada um de nós, mas se futebol já provoca intrigas, a política está quebrando o elo familiar.
E o que podemos dizer nesse caldeirão de intrigas ?

“Muita calma nessa hora”, seja no futebol, seja na política!

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