O presidente da Associação Empresarial da Região da 44 (AER44), Jairo Gomes, disse que nesta terça-feira (9) à Sagres que o comércio na região será reaberto nos próximos dias, e que vai fazer valer a reunião de 4 de junho, dia marcado por protestos de comerciantes em frente ao Paço. 

Ninguém quer desobedecer, mas é necessário voltar a abrir. A gente entende que a saúde pública é em primeiro lugar, o vírus realmente mata, mas hoje a sociedade entende que não é só o vírus que mata. A fome mata, a depressão mata, o desemprego leva à morte. Então nós precisamos abrir”, afirma.

Desde a reunião, o Gabinete de Crise da Prefeitura vem enfatizando que vai levar em conta a situação epidemiológica da pandemia na capital para permitir a reabertura gradual do comércio. Os informes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) mostram que a curva da Covid-19 só aumenta a cada semana.

Nós não queremos colocar a faca no pescoço, mas precisamos de uma data. Se não for 13 e 15, que seja no máximo dia 22. Não posso passar disso, é uma data limite. Até porque vem de encontro àquilo que a secretária pediu, mais 15 dias. Se for dia 22, são 18 dias”, afirma.

De acordo com Jairo Gomes, Goiânia deveria seguir Aparecida de Goiânia. O presidente da AER44 disse que o município dá exemplo de como reabrir o comércio respeitando as medidas de isolamento e segurança contra a pandemia.

Jairo Gomes foi questionado se não seria um contrassenso reabrir o comércio na capital goiana mesmo com o aumento diário no número de casos e mortes da doença do novo coronavírus.

Nós colocamos 24 sugestões de restrições, vamos cumprir 100% das 24, e com a abertura do comércio legal, obviamente que a fiscalização vai estar no local e as ruas deixam de estar essa praça de guerra que está hoje. Esse é o contrassenso e não o que nós estamos propondo”, conclui.

Uma nova manifestação de comerciantes no Paço Municipal está marcada para esta quarta-feira (10), às 8h da manhã. A reportagem do Sagres Online pediu posicionamento da SMS e da Secretaria Municipal de Planejamento e Habitação (Seplanh). O espaço segue aberto.