O Repense do último domingo (7) teve o objetivo de mostrar a relação do ensino com a alta procura por cursos ligados a profissões do futuro. A proporção de estudantes que ingressaram em cursos de graduação na área de Computação e Tecnologia da Informação (TI) cresceu 85% entre 2015 e 2021. Nesse sentido, os números do Censo da Educação Superior refletem as mudanças no mercado de trabalho determinadas pelo avanço dessas tecnologias na sociedade.
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Para debater o assunto, o Arena Repense desta quarta-feira (10) recebeu a diretora de desenvolvimento e avaliação do Centro de Educação, Trabalho e Tecnologia (CETT), Alethéia Cruz, a diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), Sandra Gioffi, o empresário Klécio de Carvalho e a coordenadora da Renapsi polo Expansão, Vânia Rodrigues.
Apesar da crescente procura pelos cursos, Sandra Gioffi defende que não há risco de saturação do mercado. “A tecnologia está em uma crescente e não tem volta. Ela hoje é sim um meio de negócio, de desenvolvimento, de apoio. O que seria de nós na pandemia sem a tecnologia? Um recente estudo do MIT, uma universidade importante, nos traz que duas competências serão importantes para o futuro, o novo bilíngue. E não aquele que fala inglês e espanhol, e sim aquele que fala justamente o idioma tech e human”, explica.
Do mesmo modo, concordando com a diretora da ABRH, Alethéia Cruz argumenta que vivemos um mundo dinâmico e que saturação de uma área está mais relacionada à capacidade de adaptação das pessoas.
“O que a gente percebe quando estamos aqui dentro da universidade dialogando isso, é que as profissões do futuro estão muito conectadas com a possibilidade de nós identificarmos carreiras que têm tendência de uma valorização futura. Além disso, principalmente, o desenvolvimento das habilidades e competências do indivíduo. Isso é uma coisa totalmente atemporal”, pontua.
Experiência
O Clécio de Carvalho começou um curso de direito em 2017 e justamente na faculdade ele revela que teve um “ponto de virada”. Com a pandemia de Covid-19, ele passou a olhar outras áreas também promissoras e se interessou pelo marketing digital.
“Estava precisando de profissionais que vendessem para quem estava em casa. Então, foi a partir desse movimento que fui começando a entender e encaixar as pecinhas. Foi meu ponto de start, quando comecei a procurar sobre, cursos. Não existe exatamente uma faculdade sobre marketing digital, mas existem cursos que te atualizam sobre o mercado”, revela.
A coordenadora da Renapsi polo Expansão, Vânia Rodrigues, relembrou os avanços ao longo dos anos no mercado de trabalho. Ela cita quando era necessário possuir curso de datilografia, por exemplo.
“Depois, chegou o digitador, que também hoje quase não se vê. A gente consegue observar o quanto que a juventude vem acompanhando a tecnologia como se estivesse no sangue”, afirma.
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*Esse conteúdo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 04 e 08 – Educação de Qualidade e Trabalho e Crescimento Econômico
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