O plano do setor aeroviário é tornar a aviação neutra em carbono até 2050. O professor da disciplina de Transportes Aéreos e Aeroportos da USP, Jorge Eduardo Leal Medeiros, afirmou que ela é responsável por cerca de 2% das emissões globais, mas ressaltou o planejamento do setor para atingir a sustentabilidade. Aviões elétricos e “carros voadores” – veículo elétrico de pouso de decolagem vertical (eVTOL), são parte da solução. 

Mas a principal solução talvez seja a substituição do querosene pelo Combustível Sustentável de Aviação (SAF), um combustível de origem vegetal e animal. Há ainda o avião movido a célula de hidrogênio desenvolvido por uma startup francesa e apresentado no Salão Aéreo Internacional de Paris deste ano.

Combustível sustentável

O professor explicou que o problema do Combustível Sustentável de Aviação é o preço quatro vezes mais que o querosene, mas destacou que ele se tornará o principal combustível no futuro da aviação. Nesse sentido, Medeiros apontou que o Brasil tem potencial para ser produtor e exportador do produto.

“O Brasil tem um potencial imenso pela área que possui, pela agricultura e pode se tornar o maior fornecedor de SAF no mundo. Eu espero que o governo fique atento a isso, é um investimento que vale para o futuro em termos de despoluição e de exportação”, afirmou. O país é pioneiro na produção de etanol.

Além do combustível, o Brasil já produz carros voadores na Eve Air Mobility, subsidiária da Embraer, em São José dos Campos, São Paulo.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o o ODS 12 – Consumo e produção responsáveis e o ODS 13 – Ação Contra a Mudança Global do Clima.

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