Segundo dados da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) o risco de adoecer por malária é duas vezes maior entre povos indígenas que entre os não indígenas na região amazônica. Por isso, a Sesai iniciou nesta segunda-feira (11) a capacitação de técnicos para atuação em 25 distritos indígenas considerados prioritários.
A malária é uma doença infecciosa causada por mosquitos antropofílicos Anopheles. Entre a população, crianças e gestantes são mais propensas a maior gravidade da doença. Os principais sintomas são calafrios, febre e sudorese, cefaleia, mialgia, náuseas e vômitos.
A Sesai identificou um aumento de 38,2% no número de casos da doença em áreas indígenas entre 2018 e 2020. Mas a preocupação da secretaria está no registro de casos em 21 distritos indígenas, dentre os 34 distritos que ela atende. E ainda porque quatro distritos estão na área endêmica da doença.
Capacitação
A Oficina de Microplanejamento das Ações para Controle e Eliminação da Malária nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) irá capacitar técnicos nos 25 distritos considerados prioritários. Ela começou hoje e segue até a quarta-feira (13).
Os 25 distritos são: Araguaia, Tocantins, Xavante, Xingu, Maranhão, Cuiabá, Vilhena, Kaiapó do Mato Grosso, Altamira, Alto Rio Purus, Guamá-Tocantins, Alto Rio Juruá, Manaus, Kaiapó do Pará, Amapá e Norte do Pará, Alto Rio Solimões, Leste de Roraima, Médio Rio Purus, Porto Velho, Vale do Javari, Médio Rio Solimões e Afluentes, Rio Tapajós, Parintins, Alto Rio Negro e Yanomami.
Segundo a Sesai, a capacitação é importante porque as condições de acesso às aldeias e “outros fatores socioculturais dificultam o diagnóstico adequado”. Portanto, “isso pode contribuir para o aumento no número de casos e a mudança do perfil epidemiológico da doença nessa população”, informou.
*Com informações da Agência Brasil
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 03 – Saúde e bem-estar.
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