Presidente da Fieg, Sandro Mabel, durante entrevista coletiva online dia 3 de abril (Foto: Reprodução/Zoom)

Logo após a oficialização do terceiro decreto sancionado pelo governador Ronaldo Caiado, a repercussão iniciou em meio as entidades de classe. O presidente da Federação das indústrias do estado de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, exaltou a flexibilização das decisões para os municípios e disse que ela é importante. “Essa flexibilização para os municípios é importante, porque eles conseguem verificar a condição que ele tem de abrir mais ou menos pontos e a evolução da doença nos próprios municípios”, pontua Sandro Mabel.

Ele também afirma que o decreto corrige imperfeições do pacote anterior de medidas e que abrir as portas das empresas vai exigir mais cuidado dos próprios empresários com seus clientes e funcionários. “Nesses últimos 15 dias nós tivemos muitas contaminações por falta de cuidado. Isso porque muita gente estava trabalhando escondido, sem tomar os devidos cuidados. Mas agora, você abrindo as pessoas terão que ter cuidado e equipamentos”.

Porém, o presidente da Fieg , não deixou de criticar os pontos que segundo ele, não beneficiou os que mais podem ser atingidos pelo coronavírus. “Existem uma série de dados que deveriam estar sendo monitorados mais de perto. Dentro dos cuidados a se tomar com o grupo de risco você pode ver que os cuidados são muito poucos. Nós deveríamos obrigar os empresários a não demitirem as pessoas do grupo de risco, porque o cara do grupo de risco precisa ganhar o dinheiro dele e se ele não for remunerado, essas pessoas vão procurar bicos”, defende.

Sandro Mabel sugere a antecipação das férias escolares. Segundo ele, a ação deve minimizar os prejuízos causados pela quarentena na educação. “Nós que temos escola, o Sesi e o Senai, nós entendemos que, para não perder o ano letivo e não ter dificuldade no ensino, as férias deveriam ser antecipadas para o mês de maio, já que elas vão ter que ficar fechadas até o fim de maio”.

Durante a videoconferência em que analisou o novo decreto do governo de Goiás, que flexibilizou alguns pontos do funcionamento do comércio e da indústria no Estado, Sandro Mabel ainda estimou os impactos desse período de quarentena. De acordo com o empresário, mais de 36 mil pessoas foram demitidas pelo setor industrial até agora. Ele afirma ainda que o Estado deve sofrer queda de 20% no faturamento referente ao Produto Interno Bruto (PIB) industrial estimado do ano passado que foi de 635 milhões de reais.

*Com reportagem de Rafael Bessa.

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