(Foto: Reprodução / Internet) 

Imagina uma cidade que o prefeito a chama de “minha querida favela”. Esta é Santo Antônio do Descoberto, no Entorno de Brasília. Ela tem 70 mil habitantes de acordo com o I BGE, e 110 mil inscritos no DataSus, uma receita de apenas R$ 2 milhões por mês e 2 mil servidores municipais. Por conta de uma relação alta entre folha de salário e receita corrente líquida (RCL), Santo Antônio foi a última colocada no ranking divulgado pelo Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). 

Segundo o prefeito, Adolpho Roberto (PSDB) a cidade não tem oferta de emprego e prefeitura e Câmara são os principais empregadores. Resultado, mais de 75% da receita do município são comprometidos com os salários dos servidores, bem acima do limite máximo permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 60%. situação oposta à de Alto Horizonte, a primeira colocada neste ranking, com comprometimento de apenas 30,8% da arrecadação com a folha. 

Sobram apenas 15% da receita para pagar os custos da máquina e para investimento, insuficientes para atender às demandas da população, que é muito carente. “Nós fazemos parte de uma leva de municípios aqui no Entorno de Brasília que chamamos de nem-nem, nem Goiás nem Distrito Federal”, disse o prefeito Adolpho Roberto (PSDB) em entrevista à Sagres 730 nesta quinta-feira (14). Novo Gama, também na mesma região, vive situação parecida com a de seu vizinho e consome 66,01% da receita com folha. “Os melhores aqui são Luziânia e Cristalina, que têm agronegócio e outras empresas, gerando receitas para as prefeituras e empregos para a população”, diz.

Adolpho observa que Santo Antônio é cidade dormitório e sua população não tem condições nem de pagar impostos municipais. Segundo ele, 60% dos proprietários de imóveis estão inadimplentes com o IPTU. Daí, diz, sua dificuldade em aumentar a arrecadação. O prefeito sabe as consequências por ele por não cumprir a lei e mostra-se conformado. “Eu vou responder por improbidade administrativa, mas já comecei a responder desde que assinei o termo de posse.”

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Ouça a entrevista completa:

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Assista ao comentário de Cileide Alves desta quinta-feira (14)

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