Apesar de articulações intensas nos últimos anos junto ao governo federal e outras possíveis fontes de recursos e financiamentos, o Governo do Estado deu como certo o cancelamento da obra do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no eixo da Avenida Anhanguera, em Goiânia.

Ao menos foi o que garantiu em entrevista exclusiva o secretário do Meio Ambiente, Cidades, Infraestrutura e Assuntos Metropolitanos, Vilmar Rocha (PSD).

“Eu acho muito difícil, nesse período governamental, o VLT sair. Não vai sair. Sabe por que? Não tem recursos”, afirma Vilmar ao lembrar que o Estado deveria investir mais de R$ 1 bilhão.

“Tem obras muito mais prioritárias, como na saúde, do que a construção do VLT. Eu acho que o projeto está aí, está mantido, mas no momento não tem condições financeiras de executá-lo. Nem prazo para isso”, define.

A Agência Municipal de Meio Ambiente (Amma) concedeu a licença ambiental para a obra depois de exigir alterações na contrapartida da Odebrecht, empreiteira que venceu a licitação em consórcio com a Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC).

Mudanças

O projeto original já previa um novo sistema de drenagem para a Avenida Anhanguera, mas a intervenção será ampliada e prevê ainda a construção de sistemas semelhantes nos cinco vales cortados pelos 14 quilômetros da avenida.

No entanto, nem mesmo a boa relação do governador Marconi Perillo (PSDB) com a cúpula do governo interino de Michel Temer (PMDB) alteram a expectativa apresentada por Vilmar. O VLT não vai sair tão cedo.