O Sesc Centro, em Goiânia, terá uma Roda de Leitura Inclusiva para pessoas com deficiência visual e baixa visão, no dia 18 de abril, às 14h. Com classificação livre, a roda de leitura terá como convidada a professora de Língua Portuguesa do Núcleo de Atendimento Pedagógico às pessoas com Deficiência Visual (NAP), Aldete Pereira de Oliveira.

A Roda de Leitura Inclusiva ocorre em alusão ao Dia Nacional do Sistema Braille, que foi em 8 de abril. Então, a programação do Sesc Centro sensibiliza a sociedade para a data. Além disso, inclui as pessoas no circuito de cultura e literatura da capital do estado, como explicou a bibliotecária do Sesc Centro, Ana Maria Nogueira, ao Tom Maior.

“No primeiro momento da Roda de Leitura Inclusiva a gente queria muito abarcar o cego, porque a gente percebia que o cego não tinha muito espaço dentro desses nossos circuitos de cultura, de leitura principalmente”, disse. Mas apesar de ser voltado para o público com deficiência visual e este ser o maior público, a roda de leitura também inclui pessoas surdas com a presença de intérpretes.

Segundo o Sesc Centro, a Roda de leitura inclusiva tem o objetivo de “incluir as pessoas com deficiência visual e baixa visão no ambiente da biblioteca”. Assim, o momento auxilia na socialização e interação das pessoas com os livros e com o processo de leitura.

Inclusão

Foto: Sesc Centro

A Roda de Leitura Inclusiva acontece no Sesc desde 2019 com foco na inclusão de pessoas surdas e deficientes visuais. Nogueira contou que houve receio antes do primeiro encontro, mas avaliou que ele foi positivo para perceber a demanda desse público.

“A gente estava trabalhando muito com o gênero literário, mas a gente percebeu no primeiro encontro que a demanda era outra. Não dava pra gente trabalhar poesia e conto, eles nos deram um outro norte. A gente começou a nortear e o público foi variando: eu tinha pessoas que enxergavam, pessoas cegas, com baixa visão e os surdos com os intérpretes”, disse.

Como mencionado, a convidada do próximo encontro será a professora Aldete Pereira de Oliveira. Os encontros previam a leitura de obras literárias, porém, os organizadores decidiram convidar escritores para interagirem com as pessoas.

“No segundo e no terceiro nós levamos escritores, o que foi muito bacana. Levamos uma escritora de literatura infantil que falava sobre o processo criativo, ela não trabalhava nem com os surdos e nem com cegos. Mas teve um momento que ela se atentou que era interessante trabalhar o braille, a libras e foi muito bacana”, diz.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

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