O nome do ex-deputado federal e presidente do PP em Goiás, Alexandre Baldy, foi vetado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), para um cargo no Ministério da Economia, pasta que passará por reformulação. Em entrevista à Sagres, nesta quinta-feira (9), Baldy afirmou que o veto “acende o sinal de alerta” por significar “antecipação política” por parte de Bolsonaro. Agora, a orientação do partido será pela independência nos estados e, com isso, em Goiás, as conversas com o governador Ronaldo Caiado para 2022 serão mantidas.

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“Essa decisão antecipa o quadro eleitoral e, provavelmente, o posicionamento dentro destes quadros pelo presidente. Este sentimento, certamente, será de uma importância muito grande para cada um dos estados, porque em Goiás nós temos uma realidade, mas como é a realidade no Ceará, na Bahia, em Pernambuco?”, indagou.

Segundo Baldy, é importante que o partido tenha um olhar específico voltado para cada unidade federativa para definir as alianças. “Em cada um dos estados nós temos uma realidade distinta. Tem estados com a candidatura do Lula está fortemente colocada, com números de pesquisas muito acima do Bolsonaro. Então, nesses estados, a definição de apoio de A ou B deve ser mais reflexiva, não tenha dúvida”, declarou o ex-deputado.

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Por compor a base do governo, com o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, como ministro da Casa Civil, Baldy explicou que houve entendimento. “O ministro teve toda tranquilidade por entender a posição do Governo Federal, que opta por ter todos os membros que estão entrando ou participando do governo, que são atores políticos, alinhados com os projetos políticos eleitorais do governo federal para 2022”.

Porém, o presidente regional desaconselhou a tomada de decisões políticas de forma antecipada. “Antecipação política eleitoral não é saudável, em um momento em que o governo precisa de apoio para votar matérias como a PEC dos Precatórios, o Auxílio Brasil e recursos para o Orçamento de 2022. Certamente, o governo precisa, e continuará precisando, de apoio para que essas medidas sejam aprovadas”, argumentou.

Alexandre Baldy destacou, no entanto, que também não chegou a dar um sinal positivo para aceitar o cargo. Segundo o ex-deputado, diante de sua pré-candidatura para o Senado em 2022, precisa se concentrar em fortalecer sua campanha. “Deixei o governo de São Paulo há 60 dias para, justamente, cuidar da minha pré-candidatura. Então, não seria possível, neste momento, assumir uma função no governo”, pontuou.

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