Quando o jogador de Costa do Marfim, Keita, atingiu em cheio a canela de Elano, na 2ª partida do Grupo G da Copa do Mundo, talvez ele não soubesse, mas estava colocando o brasileiro com grandes possibilidades de deixar a competição mais cedo. Hoje (30), em entrevista coletiva, o assunto violência nas jogadas irritou o camisa 7 do Brasil.

“A cada dia e hora que se passa, isso vem acontecendo. E com os jogadores [violentos] nada acontece. Às vezes [o árbitro] nem falta dá. É como eu sempre digo: o maior prejudicado sou eu, que quero jogar, ficar à disposição, 100% e, infelizmente, não posso. Nesse momento, não”, sentenciou Elano.

Claramente abatido por viver um problema físico, justamente, no momento em que tem a posição de titular garantida e com a Seleção Brasileira em plena evolução, Elano chegou a pedir mais “fiscalização” nos lances. Para ele, os atletas do Brasil têm mostrado como se deve jogar.

“Nós temos jogadores dentro da Seleção com várias características. Mas em nenhum momento você vê jogadores com objetivo de ferir um companheiro de profissão. Ao contrário de algumas atitudes que alguns adversários têm com a gente. Dois exemplos: o meu e o do Felipe Mello”, lembrou Elano.  

TRATAMENTO

Na entrevista coletiva realizada na manhã desta quarta-feira (30), o médico da Seleção Brasileira, José Luis Runco, avisou que o tratamento de Elano poderá durar de uma semana até um mês. Por isso, poderá tê-lo trabalhando musculação, piscina ou fazendo intervalados na bicicleta, sempre tirando o impacto. Pode ser que ele volte a jogar.

“Vão fazer quinze dias no próximo domingo [que ele está em recuperação]. Acredito que a gente pode ter a esperança de tê-lo na próxima semana. Mas não podemos afirmar. É uma coisa sistemática”, lembrou Runco.