A Universidade de São Paulo promove nesta sexta-feira (22), desde 8h até às 17h, a 9ª edição do IPq Portas Abertas, um evento do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP sobre preconceito e desinformação na busca de cuidados mentais. Táki Cordás, psiquiatra e coordenador do evento, afirmou que o preconceito e o estigma ainda são os grandes problemas das pessoas para buscar essa ajuda.

“Uma das grandes questões da psiquiatria não é o tratamento, não é o diagnóstico, é o preconceito e o estigma acerca da busca por ajuda e a eficácia dos tratamentos”, disse.

Assim, o evento da USP é uma apresentação do serviço de saúde mental da universidade para a para a população geral. A ideia é então levar cerca de 160 palestras com linguagem compreensível sobre diversas questões do cuidado mental.

Desinformação

Outro ponto que o evento quer combater é a desinformação. Para isso, a organização reuniu diversos profissionais para esclarecer dúvidas e levar orientações sobre os transtornos psiquiátricos gratuitamente. 

“IPq Portas Abertas é uma forma de evidenciar para a população que os transtornos psiquiátricos são muito comuns, além disso, é um grupo de transtornos mais comum entre as doenças humanas: cinco entre as dez doenças humanas que mais incapacitam são psiquiátricas”, afirmou.

O psiquiatra apontou a desinformação como uma das maiores barreiras para o cuidado com a saúde mental. Segundo ele, muitas vezes as pessoas tratam as questões mentais como uma situação de “sofrimento normal”.

Além disso, Táki Cordás destacou o preconceito e os estigmas que atingem as pessoas com transtorno psíquico. E ainda citou o preconceito intrapsíquico, quando a psicologia nega o tratamento biológico e a psiquiatria só usa o tratamento farmacêutico.

“O tratamento combinado de psiquiatra e de psicoterapia, tratamento farmacológico é muito mais eficaz do que o tratamento farmacológico isolado e de que o tratamento psicoterápico isolado”, argumentou.

*Com informações do Jornal da USP

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