A Polícia Civil apresentou os três acusados de ter cometido o assassinato do empresário Eli César Batista. Eli foi morto no dia 04 de junho, após um jogo da Seleção Brasileira. Dois homens o abordaram para tentar roubar o carro do empresário. Ele reagiu, foi atingido por um disparo e não resistiu.

Welisson dos Reis Nogueira, vulgo Tetê, de 26 anos, é o acusado de ter atirado contra Eli. Ele estava acompanhado por um rapaz de 17 anos, que ficou responsável por dirigir o carro a ser roubado. O terceiro preso é Jhonatan Mafra Pinto, conhecido como Nego Boy, de 19 anos. Ele teria levado os dois acusados até o bar em que roubariam o carro, na esquina das avenidas T-63 e 85, no Setor Bela Vista, e esperou os comparsas em uma esquina.

“Nós conseguimos, em uma segunda fase da investigação, depois da análise do circuito interno dos prédios próximos, a identificação de um dos investigados e depois conseguimos a prisão”, informou o delegado responsável pelas investigações, Douglas Pedrosa, chefe do Grupo Anti-sequestros.

Welisson dos Reis se entregou à polícia com a intenção de driblar a investigação, já que ele cumpria pena por roubo no regime semi-aberto. A intenção seria alegar que estava preso no dia em que o crime aconteceu, mas ele foi reconhecido por várias testemunhas que estavam no bar em que Eli César foi morto.

A partir da prisão de Wellisson os outros dois acusados foram identificados e os mandados de prisão expedidos. Um deles alegou ter 17 anos em um momento e em outro disse ter 18. Ele não tem documentos de identificação e continua preso enquanto a polícia confirma a informação.

Na casa do menor, foram encontrados um revólver calibre 38 e um par de algemas. Já na residência de Jhonatan Mafra, o Nego Boy, foram encontrados mais de 10 pés de maconha, 300 gramas da droga pronta para o consumo, uma banana de dinamite e outros dois explosivos, uma balança de precisão, além do revólver 38 que foi usado no crime.

Em entrevista, Welisson dos Reis alegou que não tinha a intenção de atirar no empresário. “Ele começou a me agredir com garrafa de cerveja e jogou a mesa pra cima de mim. O revólver disparou porque estava engatilhado. Eu não tinha intenção de matar, só de levar o carro”, argumentou.
Jhonatan Mafra disse que só participou do crime ao levar os outros e que não iria usar os explosivos que foram encontrados na casa dele. Eu só estava dirigindo o carro. O explosivo eu comprei, só pra revender”.

Os três acusados estão presos temporariamente por 30 dias, enquanto o inquérito que foi feito pelo Grupo Anti-sequestro é finalizado.