Tomar dois gols em menos de 10 minutos foi a gota d’agua para o diretor de futebol do Atlético, Adson Batista, que não poupou críticas ao time após a derrota por 3 a 1 para o Goianésia no último domingo. Após o jogo, em entrevista ao repórter Juliano Moreira, da RÁDIO 730, o diretor mostrou impaciência com o time sem garra e que se mostra derrotado após sair atrás no placar, algo bem distante do que a diretoria quer para a temporada.

“As coisas não estão da forma que nós queremos, time sem vibração, quando toma um gol se perde dentro de campo, e nós precisamos de mais. O time tem condições de produzir mais, temos que dividir responsabilidades, não adianta ficar escondendo atrás de problemas financeiros, ficar arrumando desculpa, transferindo responsabilidade. Cada um tem que fazer a sua, pô, nosso time tem condição de jogar um futebol melhor sim senhor”, afirmou o diretor.

Até para mostrar a insatisfação, Adson conversou com Martelotte logo após a partida, antes da delegação embarcar de volta para Goiânia. O assunto? Um choque no elenco rubro-negro e uma cobrança mais firme para que o time já apresente outra postura no jogo contra o Grêmio Anápolis, no sábado, às 17h, no Jonas Duarte. De qualquer forma, Adson admite que não conseguiu entregar ao treinador tudo o que ele queria para o elenco.

“Eu conversei com o Martelotte, a gente tem uma relação respeitosa e ele sabe da responsabilidade dele, que é grande. Nós não vamos ficar aqui transferindo responsabilidade só em cima dele, ele precisava de mais peças que nós não estamos dando para ele, mas ele também tem de saber que é preciso cobrar mais, precisa chacoalhar esse grupo”, determinou Adson.

Adson preferiu não criticar nenhum jogador em especial por entender que o grupo todo tem culpa e está deixando a desejar nesse momento de início de temporada. O dirigente rubro-negro está tranquilo quanto ao fato de se classificar para a próxima fase e não vê isso como um problema, mas está preocupado com o estilo do time, que não vibra em campo.

“O Martelotte sabe disso, ele tá trabalhando, é um profissional que eu acredito no trabalho dele, mas nós precisamos ter algo diferente, tem que ter vibração, se mostrou muito apático em alguns jogos. Parece um time que se entrega facilmente e isso não pode, temos que mudar isso. Eu espero mais de todo mundo, futebol é grupo, todos devem dar uma resposta”, concluiu o dirigente.