O Sagres Em Tom Maior #333 apresenta nesta terça-feira (17) o décimo episódio da série Caminhos da Sustentabilidade sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8 (ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico) da Agenda 2030 da ONU. O tema tem foco na meta 8.10 deste ODS, que tratar do fortalecimento da capacidade das instituições financeiras nacionais para incentivar a expansão do acesso aos serviços bancários, de seguros e financeiros para todos.
O professor especialista em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, explica por que a ONU tem essa preocupação com a chamada “bancarização” da população, principalmente em países em baixo desenvolvimento que não possuem um sistema bancário fortalecido. Assista a seguir
“O sistema bancário forte é importante para dar garantia às transações, as digitalizações dos meios de pagamentos, os meios de financiamentos também, o acesso ao financimento e ao crédito. Isso além de ser benéfico para pessoas físicas, é super importante para as empresas porque elas podem, a partir daí, ter um pilar para ter o seu crescimento econômico sustentável”, analisa.
Fintechs
Ongaratto avalia que no Brasil o cenário bancário mudou muito depois que grandes bancos privados deixaram o país, abrindo caminho para as chamadas fintechs. A palavra é uma abreviação para financial technology (tecnologia financeira, em português), e é usada para se referir a startups ou empresas que desenvolvem produtos financeiros totalmente digitais, nas quais o uso da tecnologia é o principal diferencial em relação às empresas tradicionais do setor.
“Hoje a gente tem um cenário com muito mais fintechs, que são as empresas da área de tecnologia que atuam em alguns serviços bancários. Com isso a gente tentar ter uma quebra desse oligopólio bancário, porém as fintechs não têm a mesma finalidade por exemplo de um banco de fomento, para financiamento imobiliário, com outros produtos voltados para as necessidades cotidianas e também necessidades de investimentos das pessoas e das empresas”, afirma.
Empresas
Ongaratto avalia que para que os bancos possam atender as empresas, precisam fornecer linhas de crédito com juros baixos e prazos de carência estendidos para que os negócios se viabilizem.
“Quando a ONU coloca essa necessidade de produtos financeiros e o Brasil abraça a meta 10 do ODS 08, ele precisa gerar muito além do endividamento, mas sim o fomento ao crescimento econômico sustentável”, conclui.
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