De acordo com dados do Ministério da Saúde, colhidos até dezembro de 2023, cerca de 4 mil pessoas são internadas mensalmente com dengue clássica ou hemorrágica nas unidades do Sistema Único de Saúde – SUS. No entanto, este número não reflete a situação atual, pois nas duas primeiras semanas do ano, os de casos de dengue no país mais que dobrou em relação ao mesmo período em 2023: foram 120,8 mil casos agora ante 44,7 mil no ano passado. Em 2023, o Brasil registrou 1,6 milhão de diagnósticos de dengue e 1.094 óbitos — foi o ano com maior número de mortes por conta da doença. Até então, 2022 era o que tinha registrado mais vítimas: 1.079.

Desde o início deste ano, 12 pessoas morreram por causa da dengue, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Para tentar parar o avanço da doença, governos e prefeituras já tomaram medidas de prevenção enquanto não têm a vacina: mutirões de limpeza e fumacê, tendas para atendimento aos doentes e campanhas de incentivo ao combate. As internações no ano passado causaram um custo de R$ 19,7 milhões aos cofres públicos.

Vacina

O Brasil é o primeiro país no mundo a oferecer a vacina, mas sofre com baixa quantidade de doses na rede pública. nos últimos três meses (entre novembro e janeiro) a procura pelo imunizante contra a dengue aumentou em até 400% nas farmácias.

O início das aplicações na rede pública, estão previstas para começo de fevereiro, com prioridade para o público de 10 a 14 anos em regiões com alta transmissão da doença.

São 521 municípios em 16 estados atendidos neste primeiro momento. Foram destacadas cidades de mais de 100 mil habitantes em todas as regiões do Brasil, que sofrem com alta transmissão de dengue. 3,2 milhões de pessoas serão vacinadas neste ano. Para 2025, segundo o ministério, serão 9 milhões de doses. Para crianças abaixo de 10 anos, adolescentes acima de 14 anos, adultos e idosos, ainda não há previsão do início da vacinação gratuita.

Distrito Federal

No Distrito Federal, o surto de dengue com mais de 16 mil casos confirmados, levou a Justiça a autorizar agentes de saúde a entrar em imóveis sem permissão e abandonados para combater criadouros do mosquito. O governo do DF decretou situação de emergência na saúde pública.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

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