O envelhecimento é um processo contínuo e gradual e com ele surgem alterações fisiológicas, físicas e metabólicas. Ou seja, cada um de nós envelhece aos poucos, dia após dia.
Atividades simples se tornam mais difíceis e para que essa fase da vida seja tranquila. É importante começar a pensar na parte madura da vida ainda na juventude.
Com o passar do tempo, percebemos as funções dos órgãos e demais estruturas sofrendo um declínio e com isso, notamos também as limitações no dia a dia.
Você já parou para pensar em como estará com mais de 65 anos? Acredita que chegará a “melhor idade” com saúde, e tem tomado medidas para que se torne um idoso ativo e com qualidade de vida?
Expectativa de vida
O fato é que a população do Brasil tem maior expectativa de vida. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas com 65 anos ou mais já representam 10,2% da população.
Atualmente, o país passa por uma inversão na pirâmide etária: o Brasil era considerado uma nação jovem e aos poucos se torna uma nação de idosos.
O crescimento econômico do país, acesso à água tratada e esgoto, bem como aumento do consumo, foram alguns dos fatores que elevaram a expectativa de vida no Brasil.
Desde 1940, a expectativa de vida do brasileiro vem crescendo, fato que pode ser justificado por questões como queda da mortalidade, o desenvolvimento da saúde e da medicina, a melhoria das condições de saneamento básico e coleta de lixo.
Com isso, é preciso pensar e desenvolver, cada vez mais, estratégias para a promoção, recuperação da saúde e prevenção de doenças de idosos. A Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) atende esse público em 4 unidades para levar mais qualidade de vida para idosos que estão em situação de vulnerabilidade social.
O trabalho com os idosos
Segundo a diretora de Promoção Social da OVG, Jeane Abdala o trabalho é realizado por meio de atividades e vivências que permitem a pessoa idosas tenha mais qualidade de vida, autonomia, dignidade e empoderamento enquanto pessoa e cidadão.
“Então, são várias atividades pensando no lazer, na parte física, emocional, cognitiva e na convivência para que essas pessoas tenham um fortalecimento de vínculo com a família, sociedade e uma condição de vida mais saudável e mais digna”, explica Jeane Abdala.
De acordo com Jeane são mais de 1.500 idosos atendidos nas quatro unidades que são dirigidas pela OVG.
“Em todas as nossas unidades temos ações voltadas para o envelhecimento saudável. Nós programamos atividades, passeios e diversas oportunidades em que nossos idosos trabalhem a parte física, emocional e alimentar. O trabalho realizado aqui é para que eles tenham uma vida diferente, já que a maioria dos idosos atendidos vem de uma situação mais vulnerável e muitos não conseguiram cuidar da saúde na juventude”, disse Jeane.
Vila Vida
O Centro de Idosos Vila Vida tem duas modalidades: a casa lar, que conta com 30 casas para abrigar idosos e o centro de convivência, em que eles passam o dia.
Neste lugar conhecemos a aposentada Arminda Julia Maia, que frequenta o centro para se exercitar.
“Tem mais ou menos 10 anos que eu frequento o Centro e gosto de todas as atividades que eu faço aqui, como hidroginástica, pilates e dança recreativa. Essas atividades me ajudam muito. Esse lugar é uma benção para a gente, e eu tenho preservado a minha saúde aliando uma alimentação natural e exercícios físicos, com isso faço bem para o meu corpo e fico mais animada”, contou a aposentada.
Pilates Solo
Durante a aula de pilates todos os alunos da professora de Educação Física Tâmara dos Santos, se dedicam bastante, enquanto ela os orienta e auxilia com a execução dos exercícios.
A atividade traz inúmeras vantagens para os idosos, como explica a profissional.
“Nós trabalhamos aqui com o Pilates Solo onde proporcionamos para os idosos uma capacitação de força para que eles tenham uma coluna lombar alinhada, membros inferiores e superiores móveis e assim consigam a prevenção de quedas e futuras fraturas” frisa a professora de educação física.
Musicoterapia
Você já ouviu falar em Musicoterapia? Como o nome já diz, é uma forma de tratar os pacientes através da música. A técnica trabalha com a saúde utilizando formas diversas de aprendizado, expressões e arte.
Aqui eles soltam a voz e cantam músicas da época da juventude. Pelo brilho nos olhos dá para perceber que é um dos momentos muito aguardados da semana.
A aposentada Itajaira Inácia Tavares, conta que sonhava em cantar. Porém, nunca se sentiu capaz, porque não gostava da própria voz e não conseguia acompanhar as músicas. A realidade mudou quando a idosa começou a ter contato com a Musicoterapia.
“Depois que eu vim para cá junto com os colegas e com o carinho do professor a descobri que consigo cantar e meu amor pela música só cresceu. Eu realizei um sonho nessa vida ainda deu tempo graças a Deus”, disse emocionada.
Cuidados com a saúde
A dona Itajaira conta que quando era mais jovem não conseguia cuidar da saúde, mas agora está focada nisso e já conseguiu perceber os benefícios em seu dia a dia.
“Quando eu era jovem não tinha tanta informação e tanta facilidade quanto tem hoje. Eu precisava trabalhar e cuidar dos meus filhos e não sobrava tempo para mais nada.
Foi depois dos meus 70 anos que eu comecei a me cuidar, dei mais atenção para minha saúde e percebi os benefícios como mais disposição e maior facilidade até para caminhar”, ressalta animada.
Assim como em todas as fases da vida a velhice traz muita beleza.
As rugas e marcas de expressão são sinais de experiência, sabedoria, anos de trabalho árduo.
A preocupação e a dedicação de se criar e formar os filhos e às vezes deixar a saúde em segundo plano.
Alguns idosos aprenderam aqui a importância de cuidar da saúde e em como isso é importante para envelhecer bem e ter mais qualidade de vida.
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 3 – Saúde e Bem-estar.
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