Nos últimos três anos, o mundo vive um cenário de incerteza por conta da Covid-19. O homem foi atingido de todas as formas possíveis, e a situação se tornou um pouco melhor por conta da vacina. No 39º Congresso Espírita de Goiás, o tema vacina foi abordado, mas numa linha que pode ser benéfica para a saúde mental das pessoas.

Vicente Pessoa e Letícia Talarico apresentaram neste domingo (19), palestra sobre o tema: Vacinas do Corpo e da Alma. Vicente explicou que a ideia é fazer um paralelo, em que do ponto de vista físico, a vacina é uma exposição ao agente agressor, e a partir daquela exposição há a produção de uma defesa, de uma imunidade.

Segundo ele, a proposta é fazer com que as durezas da vida sirvam como mecanismo para produção de anticorpos morais.

“A ideia é a gente trazer um paralelo do mecanismo de funcionamento da vacina do corpo para as vacinas da alma. A exposição as dificuldades da vida, as durezas que a vida nos traz, pode servir como mecanismo de produção de anticorpos morais que nós podemos usar no futuro para cairmos naquelas mesmas agressões. A ideia é fazer esse paralelo entre as vacinas do corpo e da alma”, explicou.

Vicente Pessoa é palestrante do Congresso Espírita. Foto: Sagres Online.

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Vicente contou que o Espiritismo fornece ferramentas como verdadeiras vacinas para transtornos psíquicos. Ele entende que ao sermos expostos as agressões que a vida nos impõe, nós estaremos protegidos. Para ele, se trata de um preparo.

“As agressões devem ser usadas para as pessoas sublimarem as dificuldades, para que na próxima oportunidade a gente seja melhor preparado para tratar no aspecto psíquico moral e espiritual”, disse.

Letícia Talarico destaca que o importante é potencializar as dores e vivenciar a espiritualidade como forma de ajudar a superar os desafios, colaborando para que as pessoas consigam levar a vida de uma forma mais leve.

“O que em nós ainda não foi trabalhado e que potencializa as nossas dores. Vivenciar a espiritualidade é encontrar dentro de nós recursos que nos ajudem a superar os desafios e poder viver a vida de uma forma mais leve”, destacou.

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Para a palestrante, tudo passa por uma ressignifcação de experiências e ao fazer isso as pessoas podem converter sentimentos.

“A espiritualidade faz um convite de transcender nossas experiências imediatas que a gente tem do cotidiano, e ao invés de viver de forma automática, considerar a dor, as dificuldades que a gente passa, apenas como questões corriqueiras, a espiritualidade nos faz um convite para ressignificar nossas experiências e quando isso acontece sentimos o que ainda vibra em nós e que atrai vários tipos de situações”, argumentou.

Letícia Talarico relatou que as pessoas sofrem de uma cegueira espiritual e que é preciso abrir um caminho para ver um lado mais leve e a espiritualidade pode levar a uma transformação.

“Nós infelizmente sofremos de uma cegueira emocional, uma cegueira de visão em que de imediato a gente só vê o lado que é pesado, mas não vemos que outras coisas maravilhosas estão acontecendo e que muitas vezes uma dificuldade é para uma família inteira poder se transformar, ser chamada para a visão de uma outra coisa, estamos sendo empurrados para uma transformação”, finalizou.

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