O instrutor do módulo específico da Renapsi pólo Goiás, Abner Marcelo Alves Silva, destacou a importância de um programa de aprendizagem na vida de um jovem. Na visão dele, durante participação do último Arena Repense na quinta-feira (4), é uma ferramenta para diminuição da taxa de desemprego nesse público.

“É importante que o jovem possa observar as possibilidades de vida que ele pode ter através do programa de aprendizagem. Se a gente parar para pensar, há alguns anos, era muito difícil o acesso, até porque não tínhamos tanta informação como hoje. Com essa cultura digital, fica muito mais fácil entender o que é o programa e até mesmo reproduzir. A Renapsi abarca isso”, destacou.

Inserir um jovem no mercado de trabalho, ainda com uma idade ainda menor, representa para ele a garantia do primeiro emprego, segundo Abner Silva. Nesse sentido, o instrutor destaca a dificuldade do jovem brasileiro em ter essa oportunidade.

“A importância da aprendizagem profissional é essa realocação do jovem, mas não só dentro do mercado de trabalho, e sim de ajudar a gerir a própria vida. O jovem traz o ensino do que é o mercado de trabalho, os arcos ocupacionais, como ele vai trabalhar. Tudo isso para que ele possa aprender que tem uma lei que garante as posições dele no mercado”, argumentou.

Impacto social

A coordenadora psicossocial da Renapsi, Aline Mariano da Silva, também participou da última edição do Arena Repense. Ela foi questionada pelo jovem Juan, que é da turma do instrutor Abner Silva e estava ao vivo no programa, sobre a importância também do social na vida desse jovem.

“O impacto social que o programa tem é muito grande, inclusive já foi feito um estudo pela Renapsi. Em dez anos, se eu não me engano, 60% dos jovens que passaram pela Renapsi estavam muito bem empregados. Além da renda, nós entendemos que quebra algum ciclo na família, por exemplo alguma que tinha um trabalho informal, ou em situação de vulnerabilidade. Através do processo de aprendizagem do jovem, ele vai crescendo, construindo sua carreira e consegue ter melhor qualidade de vida, impactando outras vidas”, respondeu Aline Mariano.

De acordo com a coordenadora, o psicossocial trata-se de um complemento da sala de aula para o jovem. Ela explica que serve, por exemplo, para um aprendiz que esteja passando por uma dificuldade.

“O próprio instrutor passa para o psicossocial as demandas desse jovem. Mas, além dos atendimentos, temos profissionais capacitados em todos os pólos, temos assistentes sociais, psicólogos, que fazem atendimentos individuais e coletivos. Quais demandas são essas? Ansiedade, depressão, algum conflito familiar que esteja atrapalhando. Nós entendemos que essas coisas que vivenciamos na saúde e em casa pode se impactar no ambiente de trabalho e escola. Então, a forma que temos de apoiar é para minimizar isso”, explica.

Assista ao Arena Repense na íntegra:

Aline Mariano destaca que a questão da ansiedade é a mais procurada pelos jovens no psicossocial da Renapsi. Apesar disso, a coordenadora pontua que é preciso diferenciar os tipos desse sentimento.

“A gente tem que aprender o que é ansiedade boa, aquela de começar um novo emprego, como vai ser. Mas, a partir do momento que a ansiedade começa a atrapalhar a rotina, gerar medos, não querer ir trabalhar ou estudar, isso impacta um pouco mais. Então, hoje nossa principal demanda é a saúde mental dos jovens. Tem a depressão, que piorou muito com o isolamento da pandemia. Depois da saúde mental, é a questão do desenvolvimento profissional mesmo que o psicossocial acompanha na atividade prática”, afirma.

*Esse conteúdo está alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU 04 e 08 – Educação de Qualidade e Trabalho Decente e Crescimento Econômico

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