O confronto entre Atlético Goianiense e Palmeiras não ficou apenas dentro das quatro linhas. Após a vitória do time paulista por 4 a 2 na noite da última quinta-feira (16), o que repercutiu fora de campo foram as declarações do técnico Jorginho, que criticou a postura de Abel Ferreira, treinador palmeirense.

O protesto do comandante rubro-negro é contra a não punição do português durante a partida no Allianz Parque. Segundo ele, Abel xingou o árbitro Ramon Abatti e não foi expulso, gerando uma revolta da comissão técnica atleticana.

Durante a entrevista coletiva, Jorginho disse que: “Eu lamento porque não pode acontecer esse tipo de desrespeito com eles (arbitragem) e com a minha equipe. Não é a toa que tanto ele (Abel Ferreira) como a comissão técnica são expulsos constantemente. Isso me revolta como técnico e como brasileiro porque vem no nosso país e tá desrespeitando o nosso país e nossos árbitros”.

A fala do treinador do Atlético-GO repercutiu durante essa sexta-feira (17) e provocou uma nota divulgada pelo Palmeiras recriminando posturas xenofóbicas referentes à atual comissão técnica que é composta por profissionais portugueses.

Após a postagem do alviverde, o Jorginho voltou a falar sobre o assunto ao Sportv. O ex-lateral da Seleção Brasileira pediu desculpas a quem entendeu que o desabafo teve um teor preconceituoso e garantiu não ser xenófobo.

“Está sendo polêmica essa declaração sobre ele ter vindo ao nosso país. Me assusto com o olhar que o Abel dá para o árbitro e para o quarto árbitro. O que eles falam é um absurdo. Se de alguma forma passei essa imagem, não é a minha forma de ser (xenófobo). Não é uma justificativa, mas acho que esses temas e esse comportamento precisam ser debatidos. No momento que ele está falando e sendo desrespeitoso com o árbitro, automaticamente ele está falando com a minha equipe. Que ele possa refletir junto com sua comissão sobre essa posição”, afirmou.

Porém, ele reforçou as críticas ao comportamento do técnico português. “É ridícula a forma como eles olham e tratam os árbitros. Se eu faço uma coisa dessas, sou punido com cartão vermelho. Me deixa triste essa diferença de tratamento. Tínhamos o Sampaoli, que tinha uma postura parecida. Tomar quatro gols em sete minutos deixa a gente triste e chateado, mas fiz essa colocação e deixei parecer que sou xenófobo, peço desculpas. Jamais vou tratar estrangeiros de forma diferente”, disse.