Em nova liminar, o desembargador Leobino Chaves voltou a suspender as investigações do Ministério Público de Goiás contra o Padre Robson de Oliveira. O documento derruba o efeito suspensivo ao trancamento dos trabalhos do MP, assinada pelo presidente do Tribunal de Justiça, Walter Carlos Lemes, no dia 4 de novembro. A denuncia do órgão havia sido aceita pelo TJGO no dia 10.

Na decisão, Leobino afirma que o presidente do TJ-GO não poderia de forma monocrática autorizado a retomada das investigações. Com a nova liminar, o padre e outras 17 pessoas deixam de ser réus no processo. O grupo havia sido denunciado pelo MP por supostos desvios de recursos da Associação dos Filhos e Filhas do Pai Eterno (Afipe).

Segundo a denúncia oferecida pelo MP, o líder do suposto grupo criminoso possivelmente seria o padre Robson de Oliveira Pereira, que, no ano de 2004, organizou a criação da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), inicialmente com o propósito de expandir e divulgar o trabalho evangelização. O grupo era investigado pelos crimes como lavagem de dinheiro, apropriação indébita e organização criminosa.

O advogado Pedro Paulo de Medeiros, que faz a defesa do padres afirmou em nota que o desembargador Leobino Chaves confirmou “o que os seus pares com assento na Câmara Criminal já haviam decidido à unanimidade: não houve e não há ilegalidade nem sequer irregularidades. Tratam-se de assuntos de entidade privada, sem participação de recursos públicos”.